ATA DA DÉCIMA
TERCEIRA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA
EXTRAORDINÁRIA, EM PRORROGAÇÃO, DA NONA LEGISLATURA, EM 20.07.1988.
Aos vinte
dias do mês de julho do ano de mil novecentos e oitenta e oito reuniu-se, na
Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre,
em sua Décima Terceira Sessão Extraordinária da Décima Segunda Sessão
Legislativa Extraordinária, em Prorrogação, da Nona Legislatura. Às dezesseis
horas e quarenta e oito minutos foi realizada a chamada, sendo respondida pelos
Vereadores Adão Eliseu, Antonio Hohlfeldt, Aranha Filho, Artur Zanella,
Bernadete Vidal, Caio Lustosa, Cleom Guatimozim, Clóvis Brum, Elói Guimarães,
Ennio Terra, Flávio Coulon, Frederico Barbosa, Gladis Mantelli, Hermes Dutra,
Ignácio Neis, Jaques Machado, Jorge Goularte, Jussara Cony, Lauro Hagemann,
Mano José, Nei Lima, Nereu D’Ávila, Nilton Comin, Paulo Sant’Ana, Rafael
Santos, Raul Casa, Teresinha Irigaray, Valdir Fraga, Wilton Araújo, Marcinho
Medeiros e Eroni Carus. Constatada a existência de “quorum”, o Sr. Presidente
declarou abertos os trabalhos e iniciada a ORDEM DO DIA. A seguir, foram
aprovados os seguintes Requerimentos: do Ver. Clóvis Brum, solicitando votação
nominal do Projeto de Lei Complementar do Executivo n.º 07/88, do Substitutivo
e das Emendas apostas a ambos; do Ver. Jorge Goularte, solicitando que a Emenda
de Líder de sua autoria fosse votada em primeiro lugar. Em votação, foi
REJEITADO o substitutivo ao Projeto de Lei Complementar do Executivo n.º 07/88,
por quinze votos SIM, contra dez votos NÃO. Foi APROVADO o Projeto de Lei
Complementar do Executivo n.º 07/88, por dezenove votos SIM, contra oito votos
NÃO e as Emendas de n.ºs 01, por vinte e três votos SIM, contra dois votos NÃO
e uma ABSTENÇÃO; 02, por vinte e dois votos SIM, contra dois votos NÃO e uma
ABSTENÇÃO; 09, por vinte e quatro votos SIM contra dois votos NÃO e uma
ABSTENÇÃO, com declaração de voto dos Vereadores Flávio Coulon e Hermes Dutra;
10, por vinte e um votos SIM, contra quatro votos NÃO e uma ABSTENÇÃO ; 11, por
vinte e dois votos SIM, contra dois votos NÃO e uma ABSTENÇÃO; 14, por vinte
votos SIM, contra seis votos NÃO. Foram rejeitadas as Emendas de n.ºs 03, por
nove votos SIM, contra dezessete NÃO; 04, por dez votos SIM, contra quatorze
votos NÃO; 05, por treze votos SIM, contra treze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO; 06,
por dez votos SIM, contra dezesseis votos NÃO; 07, por doze votos SIM, contra
quatorze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO; 08, por quatorze votos SIM, contra doze
votos NÃO; 15, por treze votos SIM, contra treze votos NÃO; 16, por quinze
votos SIM, contra treze votos NÃO; 17, por onze votos SIM, contra treze votos
NÃO e duas ABSTENÇÕES, e ficaram prejudicadas as Emendas de n.ºs 12 e 13. O
Projeto, Substitutivo e Emendas acima referidos foram discutidos pelos
Vereadores Hermes Dutra, Clóvis Brum, Marcinho Medeiros, Flávio Coulon e Jorge
Goularte e encaminhados à votação pelos Vereadores Cleom Guatimozim, Caio
Lustosa, Clóvis Brum e Hermes Dutra. Em Discussão Geral e Votação Secreta –
Urgência, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo n.º 115/88, da Mesa,
e Emenda, por vinte e nove votos SIM, após terem sido, Projeto e Emenda,
discutidos pelos Vereadores Mano José e Flávio Coulon; foram escrutinadores os
Vereadores Jaques Machado e Ennio Terra; o Projeto de Lei do Executivo n°
69/88, com Mensagem Retificativa, por vinte e nove votos SIM, após ter sido
discutido pelos Vereadores Mano José e Flávio Coulon, e encaminhado à votação
pelos Vereadores Clóvis Brum, Nei Lima, Antonio Hohlfeldt, Jorge Goularte,
Hermes Dutra e Lauro Hagemann; o Projeto de Decreto Legislativo n.º 13/88.
Ainda, em Votação Secreta, foram eleitos os novos integrantes da 6ª Comissão
Representativa, ficando como Titulares os Vereadores Valdir Fraga, Adão Eliseu,
Teresinha Irigaray, Nereu D’Ávila e Mano José, e como Não Titulares os
Vereadores Nei Lima, Wilton Araújo e Rafael Santos. Ainda, foram aprovados os
seguintes Requerimentos, solicitando dispensa de distribuição em avulsos e
interstícios para suas Redações Finais, considerando-as aprovadas nesta data:
do Ver. Cleom Guatimozim, com relação ao PLE n.º 69/88 e ao PLL n.º 115/88; do
Ver. Clóvis Brum com relação ao PLCE n.º 07/88. Durante os trabalhos, o Sr.
Presidente respondeu Questões de Ordem, do Ver. Antonio Hohlfeldt, acerca de
Emenda de Líder do Ver. Jorge Goularte ao PLCE n.º 07/88, e do Ver. Clóvis
Brum, acerca do adiamento da bimestralidade ao PLL 115/88. Os trabalhos
estiveram suspensos dezenove minutos, e prorrogados por duas horas, nos termos
regimentais. Nada mais havendo a tratar o Sr. Presidente informou o
cancelamento da Reunião da Comissão Representativa do dia de amanhã, e levantou
os trabalhos às vinte e duas horas e vinte e seis minutos, convocando os
Senhores Vereadores para a Reunião Ordinária da próxima quarta-feira. Os
trabalhos foram presididos pelos Vereadores Artur Zanella, Gládis Mantelli e
Mano José, e secretariados pelos Vereadores Gládis Mantelli, Mano José e Jaques
Machado. Do que eu, Gládis Mantelli, 1ª Secretária, determinei fosse lavrada a
presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada por todos os Vereadores
presentes.
O SR. PRESIDENTE (Artur
Zanella): Estão
abertos os trabalhos da presente Sessão Extraordinária.
Solicito à Sr.ª 1ª Secretária que apregoe Emenda que ingressa neste
momento na Mesa.
A SRA. 1ª SECRETÁRIA: Emenda de Líder de autoria
do Ver. Jorge Goularte ao PLCE n.º 07/88- Proc. n.º 1304/88.
O SR. PRESIDENTE: Eu gostaria que os Srs.
Vereadores tivessem a máxima atenção para as informações a seguir. A Ordem do
Dia será organizada, observando-se as seguintes prioridades: primeira,
“Proposição de Rito Especial”. Logo, o Projeto que altera a sistemática
tarifária do DMAE entra em primeiro lugar, segundo o Regimento Interno.
Esclareço à assistência que hoje, por ser o último dia de sessões convocadas
extraordinariamente pelo Senhor Prefeito, a única forma regimental de ser
votado o aumento dos Senhores funcionários e os vencimentos do Sr. Prefeito é a
realização de tantas Sessões Extraordinárias quantas forem necessárias no mesmo
dia. Por isto encerram-se e se reabrem sessões. Por isso, em determinado
momento, as Sessões são encerradas por falta de “quorum”. É uma mecânica
parlamentar. A falta de “quorum” é em comum acordo com as Bancadas para que se
possa reabrir as sessões e se fazerem as extraordinárias necessárias aos
projetos de aumento. As extraordinárias abertas e encerradas com dois ou três
minutos de duração não alteram os subsídios dos Vereadores que não recebem nada
a mais por essas sessões encerradas e reabertas rapidamente, de forma a
permitir a legalidade das votações que faremos a partir deste momento. Esta
explicação se faz necessária para que não se pense erroneamente que há qualquer
benefício particular a qualquer Vereador a esse respeito. Há um benefício à
classe municipária que terá condições legais de ter votado e provavelmente
aprovados seus projetos de reajustes de vencimentos. Feito isso, peço à Sr.ª
Secretária que apregoe a Ordem do Dia.
A SRA. SECRETÁRIA: (Apregoa a Ordem do Dia.)
PROC. 1304/878- PROJETO DE
LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO n.º 07/88, que altera dispositivos da Lei Complementar n.º
170, de 31 de dezembro de 1987, que estabelece normas de instalações
hidrossanitárias e tarifárias para o serviço de abastecimento de água e coleta
de esgotos no Município de Porto Alegre, com Emendas 01 a 04, 06 a 10, Mensagem
Retificativa, Substitutivo, e Emendas 01 e 02 ao Substitutivo e ao Projeto.
Parecer
- da Comissão Especial constituída para
apreciar a matéria. Relator Geral, Ver. Hermes Dutra: pela rejeição do Projeto
e das Emendas 01 a 04 e 06 a 10, bem como da Mensagem Retificativa e pela
aprovação do Substitutivo e das Emendas 01 a 02 ao Substitutivo e ao Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLCE n.º
07/88. Com a palavra o Ver. Hermes Dutra. V. Exa. tem 20 minutos, como Relator
do Projeto.
O SR. HERMES DUTRA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. Ouvi murmúrios na platéia sobre os vinte minutos, mas acho que a
conta d’água que vocês estão recebendo no fim do mês justifica plenamente que
se ficasse uma hora na Tribuna para reduzir esta verdadeira indústria do
excesso d’água de que está sendo vítima a população de Porto Alegre.
Mas, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, queria fazer alguns comentários
sobre o Substitutivo apresentado pela Comissão no qual foram aproveitadas as
Emendas pelos membros da Comissão, exceção de uma Emenda do Ver. Clóvis Brum
que entendeu de emendar diretamente o Substitutivo por questões que eu
respeito.
V. Exas sabem, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, que a Cidade inteira
está a reclamar o problema d’água. Ainda ontem, - e eu não fui - mas quem foi
no Programa Câmara e Comunidade teve a oportunidade de ouvir a reclamação azeda
que a população está fazendo contra a conta com excesso de água que recebe, e
recebe essa conta excesso de água não porque o seu hidrômetro está marcando a
mais, mas porque uma mudança na fórmula utilizada para calcular a tarifa. Esta
Casa, infelizmente, aprovou, e eu fui o único voto contrário, porque já na
época enxergava e dizia a V. Exas. que o método não era bom para a população,
porque beneficiava uma parcela da população – a mais carente – a qual eu me
manifestava a favor, mas não concordava que se cravasse em cima daquele que
consome de 18 até 25m³, que é o consumo de uma família normal de 5 pessoas,
segundo dados da Organização Mundial da Saúde, uma pessoa precisa diariamente
de 150 litros de água, que perfaz, para uma família média do tipo que
exemplifiquei, algo em torno de 21,5m³ por mês, daí por que sempre se fixou a
tarifa em 20 m³. Uma pessoa que come, e que usa vaso sanitário, que cozinha,
que toma chimarrão, que lava o rosto, que escova os dentes, que toma banho,
gasta normalmente isso.
O SR. PRESIDENTE: Vereador, interrompo por uns
instantes o discurso de V. Exa. e convido o Ver. Jaques Machado para
secretariar a Mesa, como Secretário “ad hoc”. Obrigado, Vereador.
O SR. HERMES DUTRA: Este dado que tenho não
colhi ao léu, não fui eu que inventei, é um dado técnico da OMS. Houve uma
diminuição da taxa mínima de 10 e não houve sequer a diminuição do valor dessa
taxa mínima, fazendo com que ocorresse mo seguinte: no mês de março, a taxa
mínima era de 150 cruzados; passou para 300 cruzados, num aumento de 100 %,
quando a inflação, no período, foi de 52%; a OTN, naquele período, foram de
52%. Pois a água aumentou 100%. O aumento que o trabalhador teve não foi de
52%, mas de 38% que foi a URP nos 3 primeiros meses. Então, um trabalhador, que
ganhou um salário mínimo, por exemplo, ou dois salários mínimos, um salário
mínimo e meio, teve um aumento em torno de 40% no trimestre; teve a água
aumentada em 100% no preço e, além disso, passou a receber o que nunca tinha
recebido, conta de excesso d’água, dando lhe um aumento em termos de dinheiro
de mais de 200% o que é inadmissível. Não se pode aceitar. As reclamações,
qualquer um dos senhores, seja do PDT, do PFL, do PSDB, de qualquer partido,
são diárias em nossos gabinetes e sob as desculpas do DMAE, de beneficiar a
população de baixa renda, porque nós éramos favorável, diga-se de passagem, se
fez esta fórmula draconiana e ela é tão draconiana que o próprio Prefeito, hoje
reconhece e tenta mudar. E por que não estamos aceitando a fórmula que o DMAE
está propondo? Porque estamos propondo por vários motivos um substitutivo à
lei; em primeiro lugar, sou obrigado a ser um pouco extenso nisto para tentar
que V. Exas. entendam, principalmente a Bancada do PDT e agradeço a presença
dos nobres Vereadores. Ennio Terra, Elói Guimarães, Jaques Machado, que me
honram com sua audiência, embora a Bancada seja composta de 14 Vereadores, ah!,
E o Ver. Nereu que está ouvindo – a fórmula d’água , no mês de dezembro , peço
a atenção de V. Exas., quem consumia 20m³ de água pagava 20m³, fórmula
inventada pela Prefeitura, a pessoa passou a pagar com o mesmo consumo 24m³,
consumindo a mesma coisa. Eu nem estou falando no aumento de preço. Pois bem
hoje o DMAE vem oferecer uma nova alternativa ao cálculo. Que alternativa
apresenta o Prefeito através da autarquia que cuida da água de Porto Alegre? A
chamada conta consumo – e quero fazer um depoimento para que fique registrado
nos Anais, certamente vou ser tomado como Joãozinho do passo certo de novo,
como fiz em dezembro, quando votei contra. Fui o único. Esta fórmula, de
conta-consumo, parece ser ótima, mas é uma fórmula que a médio prazo pode
colocar em risco o próprio DMAE. Faço este depoimento para que a história não
me cobre, porque, se, por uma eventualidade qualquer, tivermos um racionamento
de água em Porto Alegre, por exemplo, e houver uma queda de consumo na Cidade,
com a queda da taxa mínima para uma parcela expressiva de consumidores, a
população vai pagar menos, é bem verdade, mas a autarquia vai ficar sem
dinheiro, para pagar os seus funcionários. Faço isso para que mais tarde os
funcionários do DMAE lembrem que hoje alguém esta levantando este assunto e não
me assustam as caras de incredulidade, pois foi, assim em dezembro quando votei
contra a taxa , me chamavam de “Joãozinho do passo certo”. O único voto contra.
Hoje o próprio DMAE reconhece que meteu o Prefeito em uma enrascada danada, o
que o próprio Prefeito diz aos quatro ventos e que, ainda hoje pela manhã,
dizia para corrigir – e aqui ele usou uma expressão pela anti-regimentalidade
da palavra me impede de repeti-la- esta burrada que fizemos. Na verdade, ele
reconheceu, publicamente.
O que nós modificamos no DMAE? Esta fórmula que disseram por aí que
beneficia os grandes consumidores eu vou mostrar para V. Exas. agora que quem
consome 950m³ de água paga Cz$ 3.742,00. Pela fórmula do substituto vai pagar
Cz$ 3.977,00, agora o DMAE está propondo Cz$ 5.110,00. É uma questão que cada
Vereador tem que avaliar, se vale à pena ou não aplicar a fórmula do DMAE. Eu
estou cumprindo com a minha obrigação. Quem consome 30m³ - e é um número
expressivo de famílias que consomem esta quantidade, não é a alta burguesia,
esta consome mais -, pela fórmula do DMAE vai pagar 34m³, pela fórmula
substitutivo vai pagar 34m³. Quem consomem 26m³ pela fórmula do DMAE vai pagar
29m³, pelo substitutivo vai pagar 28m³.
Então, o que está se tentando fazer? Esta se tentando proteger esta
faixa da população que não mora na Carlos Gomes, mora na Vila Farrapos, mora na
Vila Restinga e que apenas usa a água para higiene. O que mais nós mudamos no
Substitutivo do DMAE? Visto que quando a pessoa requer revisão em seu
hidrômetro, se não tiver razão, deverá pagar essa despesa, acrescentamos. Ora,
um trabalhador que mora na Vila Floresta, que ganha de 15 a 20 mil cruzados,
terá coragem de pedir revisão de seu hidrômetro, sabendo que poderá pagar um
custo muito alto, caso não tiver razão, se estiver desconfiando? Então, nós lhe
damos o direito de o Município arcar com despesa de uma verificação, durante
três anos, para não pedir outra de graça. Se pedir e não tiver razão, deverá
pagá-la .
Outra medida que colocamos, chamamos a atenção dos Srs. Vereadores,
porque esta a consideramos de fundamental importância: o aumento do preço
básico do metro cúbico da água, cuja freqüência será, no mínimo trimestral, não
poderá ser superior, no período considerado, isto é, no trimestre, à variação
da URP. Não podemos admitir que o trabalhador ganha pela URP e leve aumento em
sua água pela OTN ou por instrumento acima da OTN. Então, a lei está colocando
uma barreira nesse verdadeiro assalto que se faz ao bolso do trabalhador. Vou
mais longe, como não encontro justificativa para o aumento de 100% na tarifa,
de março para abril, o 5º do artigo diz: “nesse aumento, que será dado no mês
de julho ou em agosto, o DMAE terá de diminuir desse aumento, a diferença a
mais cobrada no mês de abril, ou seja a diferença havida a maior entre URP. Por
que, se há uma URP que cuida dos salários do trabalhador, se o Sr. Prefeito não
pode dar aumento aos municipários alegando que não tem recursos, além de 35% em
dois meses, como é que pode aumentar a água, como se aumentou , em três meses,
100% como não assumi na votação de dezembro.
Fizemos uma pequena modificação nas entidades beneficiadas pela medida
de consumo, colocando, aqui, as entidades de educação. Numericamente são
inexpressivas, é o caso dos escoteiros, só não entidades cultural nem
caritativas, nem assistenciais, são entidades extra-escolares.
Fizemos uma emenda na parte de esgotos, vou falar rapidamente, pois já
estou com um parecer favorável à emenda do Ver. Clóvis Brum, tem o mesmo
sentido, terminando com este festival de excesso de cobrança de esgoto, a
pessoa porque toma mais água, como disse um radialista, é obrigada a usar a
descarga do banheiro. Se consome mais água excesso de esgoto. Até 20m³ se
aplica um percentual, a partir dos 20m³, por metro excedente se reduz este
percentual.
Outra modificação que fiz é fundamental , pois estive na Vila Restinga,
num salão botando gente pelo ladrão, ainda cometi a asneira de defender o DMAE,
uma levantou e me disse: sou mãe solteira, a minha filha fica na creche, só
chego de noite, estou gastando 26m³ de excesso”. Um outro disse: fui lá
reclamar, e me pediram 166 cruzados para fazerem uma verificação, o que é uma
aberração.
E esta taxa vai subir, parece que 60% .
Não sei como uma pessoa, residente numa casa pequena, vá pedir aferição
que entendem do assunto e já lhe seja dado um laçaço em cima. Alguém pode
alegar; o que é 200 cruzados. Para mim não é nada, mas para quem ganha, 10, 15,
ou 20 mil por mês, duzentos cruzados faz uma falta danada.
Nós estamos proibindo a cobrança desta taxa de verificação, nas
economias unifamiliares, é bom deixar bem claro, porque senão vão sair dizendo
que estou protegendo os moradores do Moinhos de Vento, os grandes edifícios.
Não. Os grandes edifícios se quiserem que paguem a revisão. Outra questão, até
respeito quem pense o contrário, é que eu não aceito que a água suba mais que a
URP. Esse problema da cobrança de água em economias que não tem hidrômetros, é
uma faca de 2 gumes: pode ser uma mansão, ou uma vila? Qual a economia que não
tem hidrômetro. Então, eu estou dizendo que o DMAE cobra tarifa social para
aquelas pessoas que se enquadram até 40m², e nas outras cobra pela média dos
três meses anteriores, porque o DMAE queria, no projeto que mandou para cá,
cobrar a tarifa social. Eu não sei se tem mansão sem hidrômetro, mas se tivesse
iria pagar a tarifa social. Mas, por via das dúvidas, resolvi colocar uma
segurança: atendi um apelo do Sr. Diretor do DMAE, que dava o prazo máximo de
60 dias para a colocação de hidrômetros. Nas instituições que eu levantei foi
que, acho se a Santa Casa não tem hidrômetro, dá para fechar um olho, agora, o
Colégio Anchieta, realmente não dá. Então estou apresentando uma Emenda retirando
essa parte. Acabou-se uma Emenda do Ver. Antonio Hohlfeldt, que determinou o
limite de emissão da conta. O DMAE colocava uma série de custos para a emissão
da conta, então a Emenda do Ver. Antonio Hohlfeldt diz que: até 4 m³ o DMAE não
emitirá conta, junta com o mês que vem.
Há uma outra emenda, aqui, que eu acho muito importante. Se alguém
consome 30, paga 35; se alguém consome 40, paga 49, então, é natural que o dia
da leitura seja fiscalizado, porque, senão, de repente, alguém vai fazer uma
leitura com 35 dias, por exemplo, como é gradativo o aumento, a pessoa vai
pagar mais se levar quatro dias com a leitura do hidrômetro. Se ela consome
40m³ por mês , isso aí dá 1m e pouco por dia, são cinco metros a mais. Cinco
metros numa progressão de 1 a 20 é cinco, porque ela não tem progressão. Agora
, numa progressão de 40m, ela representa muito mais de cinco. Então, está se
determinando uma lei em que a leitura deverá ser feita no mesmo dia de cada
mês. Mas, se for feriado, poderá ser procedida porque isso é uma questão
administrativa, no primeiro dia útil subseqüente para garantir ao usuário que
ele terá uma conta de 30 dias e não de 35 dias.
Sr. Presidente e Srs. Vereadores, há varias Emendas no substitutivo.
Uma Emenda do Ver. Caio Lustosa que diz que o aumento de água deverá ser feito
por Projeto de Lei e não mais por Decreto como é feito, hoje, pelo Sr. Prefeito
Municipal.
Há uma outra Emenda do Ver. Antonio Hohlfeldt que é só de redação,
dizendo que a vigência da Lei será partir de 1º de agosto, o que nos livra de
uma aumento de água no mês de julho, ou nos livra precisamos avaliar isso aí. O
Ver. Antonio Hohlfeldt fez uma Emenda , porque ele entendeu, e eu respeito a
posição, que a fórmula do Executivo é melhor que a fórmula deste Vereador. Há
uma outra Emenda minha, retirando aquelas duas questões que salientei, uma
delas atendendo ao que comentava ao Diretor Geral do DMAE. Há também uma Emenda
do Ver. Clóvis Brum que mede na conta do esgoto. Ele diz que o esgoto será
pago, será pago a metade do que consome de água até 20 m³ e, a partir dali
0.20, isto é, de cada dez metros de água consumida em excesso, se pagará 2
metros de esgoto. É uma Emenda que vai bem mais a fundo na defesa do
consumidor. Há uma Emenda do Ver. Jorge Goulart que diz o seguinte: fica o DMAE
obrigado a repassar ao DEP 10% de sua renda líquida. O DEP sofre problemas de
verbas, então, a Emenda do Ver. Jorge Goulart é altamente positiva. Acho que
isto merecia um estudo mais aprofundado da Casa, mas eu não me iludo, estamos
às vésperas de um período eleitoral, em fim de um Governo e as coisas não
acontecem como seria melhor, mas a grande verdade é que algumas vezes cometemos
alguns pecados. São leis que vão afetar a população e as aprovamos meio que na
emergência, sem uma análise mais aprofundada. Mas a verdade, certamente, ela
não estará toda comigo, mas também, certamente, não estará toda com o Sr.
Prefeito, com o Sr. Diretor Geral do DMAE. A verdade, se encontra é exatamente
da discussão e da mútua aceitação de abertura e, sobretudo, de cessão de
algumas coisas, porque a política é essencialmente a arte da negociação. Levar
as coisas de roldão, por força numérica não é a solução, melhor prova disto
tivemos, quando aprovamos este malfadado sistema de calcular a tarifa da água,
porque não há lugar onde eu vá em que não reclamem do mesmo. Tenho feito testes
aqui nesta galeria, na semana passada esteve aqui um pessoal da Secretaria da
Saúde e, antes de começar a Sessão, fui ali e perguntei como é que estava a
conta da água. Agora, quando iniciei meu pronunciamento, fiz a mesma pergunta e
vi várias cabeças se manifestando. Quer dizer, no mínimo, a metade dos
consumidores está reclamando e, no entanto, nos são mostradas estatísticas
dizendo que a maioria da população foi beneficiada. Eu não sei se a maioria da
população foi beneficiada, o que sei é que tenho ido na Restinga, na Vila
Farrapos, em condomínios populares, em condomínios de classe média, não classe
média alta – não falo em condomínio, da Av. Carlos Gomes, nem Moinhos de
Ventos, eu estou falando lá do Jardim Leopoldina, na Zona Sul, do Bairro Santo
Antonio, Jardim Botânico, e é em nome destas pessoas que fiquei seis meses
levando desaforo do Sr. Prefeito, dizendo que eu era contra a Cidade, contra o
DMAE, mas fiquei batalhando e que a fórmula estava errada. Finalmente, o Sr.
Prefeito veio confessar, publicamente, que tinha sido metido numa enrascada. Eu
confesso que não sei quem meteu o Sr. Prefeito nesta enrascada, mas isto é um
problema do Partido dele, PDT. Mas ele confessou que foi metido em uma
enrascada. Agora, acho que é hora de a Câmara dar a resposta. Nós não podemos
deixar passar essa oportunidade, sem um gesto de afirmação desta Casa, sob pena
de continuarmos a ser cobrados. E vem aí lembro-os, uma campanha eleitoral, em
que não adiantarão desculpas. De nós, serão cobradas ações e estas ações têm
que ser apresentadas aqui, na hora da discussão e na hora do voto. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo o orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mano
José): Pela
ordem de inscrição, tem a palavra o nobre Ver. Clóvis Brum, 10 min. para
discutir.
O SR. CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, desejo, antes de mais nada , registrar e cumprimentar a direção do
DMAE e funcionários aqui presentes, eis que em janeiros deste ano aqui
estivemos reunidos e eu assumo a minha responsabilidade, minha culpa na
aprovação daquele Projeto que contou com um único voto contrário. Realmente,
Vereador, eu votei acreditando que a melhor saída era não permitir que as
pessoas que não gastassem 20m³ de água, pagassem por 20m³. E depois de muitos
estudo sobre o problema, se constatou que na verdade quase ninguém gasta 10m. A
população – mesmo pobre - gasta acima de 17m³. As duas Emendas que nós
apresentamos tratam do pagamento do esgoto que está vinculado ao pagamento da
água. Em janeiro o Prefeito mandou para cá, no Projeto que se transformou na
Lei Complementar 170, se não me falha a memória, eu estou pedindo o Processo,
ainda não chegou nas minhas mãos, o Prefeito mandou para cá Projeto dizendo que
se cobraria 100% a nível de esgoto, em relação à água consumida. Para cada 10m,
20m, 30m, se cobraria a mesma proporção em termos de m³ para o esgoto. E muito
mais grave, a partir do 11º m³ de água começaria aquela famigerada caminhada da
máquina do excesso e em conseqüência, também o excesso para o esgoto. Excesso
para a água e excesso para o esgoto, razão de 100%. Na oportunidade,
apresentamos uma Emenda mantendo os 80%. E hoje apresentamos uma Emenda ao
Substitutivo reduzindo para 50%. Quem gastar até 20m³ de água não pagará mais
80% em termos de esgoto, pagará 50%, ou seja, pagará 20m³ de água consumida
pagará 10m³ de esgoto. Mas quem pagar além de 20m³ de água consumida, ou 20m³
de esgoto, é com precisão a Emenda pois não pagará mais à razão de 20%. Não vai
falir o DMAE. A população sabe que o DMAE repassa substanciais recursos para
tapar os buracos abertos pelo famigerados Projeto Rio Guaíba, cujas obras são
de exclusiva competência e responsabilidade da CORSAN. A CORSAN esburaca a
cidade e o DMAE patrocina o conserto desses buracos, com recursos que deveriam
ser aplicados na melhoria da qualidade da água. Minha Emenda, fundamental,
reduz de 80 para 50% o esgoto em relação à água consumida e reduz para 20% por
metro cúbico excedente em relação ao metro cúbico excedente da água. A outra
Emenda não deveria ser Emenda. Há um convênio, a Casa conhece o convênio, a
Casa conhece o convênio firmado entre o Governo do Município através do DMAE e
o Governo do Estado, através da CORSAN pelo qual se implantariam quilômetros de
canos coletores de esgoto. Ao final dessa rede, no Rio Guaíba seriam
construídas quatro estações de tratamento do esgoto. Só depois de tudo isso
realizado é que se passaria a cobrar o esgoto. O DMAE passou a partir de
janeiro, a cobrar o esgoto e essas redes localizam–se nas camadas mais pobres
da Cidade. Essa população passou a pagar um seqüência interminável de excesso
de água e excesso de esgoto. Pessoas que até hoje, 95% dessas economias ou
muito mais que isso, não tem rigorosamente a ligação do esgoto. Preferimos que
não liguem porque ainda tem fossa. O esgoto ligado hoje nas redes do Projeto do
convênio DMAE-CORSAN está sendo jogado sem tratamento na água do Guaíba. Nossa
Emenda proíbe que o DMAE cobre esgoto somente nas redes que constituem o
convênio DMAE–CORSAN, então o DMAE está cobrando indevidamente e com nossa
conivência porque pelo convênio diz que quem cobrará a taxa de remoção de
esgoto sanitário através das redes desse convênio é a CORSAN e que o DMAE
receberá ima taxa simbólica para realizar a cobrança. O dono das redes, o dono
das futuras estações será a CORSAN, o DMAE não será mais dono das redes que
compõem este Convênio e mais arrendará as redes de sua propriedade, à CORSAN.
Esses recursos todos, que o povo de Porto Alegre irá pagar será para as cidades
do interior, porque a CORSAN não terá mais nada para aplicar em Porto Alegre. A
CORSAN, neste Convênio, não passa de um terceiro neste negócio, porque o
dinheiro vem de fora, não sai dos cofres da CORSAN. A CORSAN é um repassador de
dinheiro, é um agiota neste negócio, e tem mais, eu votei contra este Projeto,
eu votei contra este Convênio e mais, à época, o Diretor do DMAE , brilhante
técnico do Município enfatiza a necessidade de não se aprovar este Convênio,
mas o convênio afirmava que iria limpar as águas do Guaíba quando na verdade
sujou as águas do Guaíba e enrolando cada vez mais, a população de Porto
Alegre. Não se pode cobrar esgotos nas redes do Convênio DMAE-CORSAN, é ilegal
esta cobrança. Se não é ilegal, se poderia dizer que, é imoral. Nós estamos
roubando da CORSAN, seria este dinheiro da CORSAN e para a CORSAN não pode ir.
Uma taxa pressupõe tecnicamente contraprestação de um serviço e o DMAE não age
em cima dessas redes do Convênio porque não tem as estações de tratamento
sequer iniciadas. Só se pode cobrar a taxa de esgoto nas redes do Convênio
DMAE-CORSAN se as estações de tratamento estiverem a todo vapor trabalhando. Aí
sim, haverá, efetivamente, a contraprestação, está-se trabalhando em cima do
esgoto da Cidade através dessas redes e através das estações de tratamento. Nem
as redes estão concluídas e nem as estações iniciadas, portanto, longe de
operar. Mas está-se cobrando de maneira desastrosa. Uma residência modesta lá
no Bairro Bom Jesus, por exemplo, onde o casal tem 5 ou 6 filhos, gasta 21m³ de
água, paga o excesso da água, paga a taxa de esgoto do convênio CORSAN-DMAE a
partir de janeiro, e paga mais o excesso do esgoto. Hoje, uma família que mora
no Bairro Bom Jesus, só trabalha para pagar a água e o esgoto do DMAE e o
ônibus. E os 2.551% decretado de aumento da passagem do transporte coletivo no
ano da administração do Prefeito Collares? A população de baixa renda desta
cidade não come mais, só trabalha para pagar o aumento dos ônibus decretado
pelo Prefeito, só trabalha para pagar a água e o excesso da água, esgoto e o
excesso, que transformar a vida dessas famílias num verdadeiro pandemônio. Sr.
Presidentes e Srs. Vereadores, retirar a cobrança das redes de esgoto constante
do convênio DMAE-CORSAN é uma medida de justiça que esta Casa, que os
Vereadores, devemos a população de baixa renda desta cidade. Muito obrigado.
(Não revisto pelo o orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver.
Marcinho Medeiros, V. Exa. tem 10 minutos.
O SR. MARCINHO MEDEIROS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
alguns anos atrás Porto Alegre era conhecida em todo o território nacional como
a cidade da água, não que tivesse um rio a sua disposição, mas sempre tinha um
Departamento que prestava um serviço satisfatório a sua população, que é o
DMAE. Este Departamento teve comprometido, a sua atuação, quando foi instituído
o Projeto Rio Guaíba, na época eu era Presidente de uma associação do Bairro
Sarandi e tive oportunidade de me manifestar contrário à realização do Projeto,
porque pretendiam e não iam conseguir despoluir o rio às custas da população de
Porto Alegre, quando todo o mundo sabe, não foi só população de Porto Alegre
que polui o Guaíba, que não é um rio, é um lago, o que é importante dizer
porque o lago tem um ecossistema diferente. De lá para cá, a gente até entendeu
as dificuldades que colocou o DMAE, mas o DMAE vinha resistindo. Com esta
administração Municipal, o que era um patrimônio da Cidade, o que era um
orgulho da Cidade passou a se transformar num pesadelo e o pesadelo aumentou no
momento em que alteraram os cálculos e as contas de água que a população
recebia. Na época da alteração, foi tão festejado, que o próprio Departamento,
demonstrando ter recursos econômicos, fazia propagandas na televisão, na
imprensa escrita, achando que as fórmulas que acharam para calcular o consumo
de água, o uso dos esgotos da Cidade de Porto Alegre era mágica e ia satisfazer
toda a Cidade. Nós, como Vereadores Suplentes, dificilmente temos condições de
fazer uma análise profunda quando o Executivo reconhece seus erros e vem a esta
Câmara, novamente, aquilo que era a tábua de salvação, que a imprensa contava,
que as torneirinha dançavam comunicando à população, olha, todo mundo vai ter
água em casa, a água vai ser mais barata. Tiraram a água do pobre e tiraram também
o dinheiro do pobre e continuaram botando água na piscina do rico, porque o
rico tem dinheiro para pagar a sua piscina, porque senão ele não faz uma
piscina. Parecia que era esta solução. Hoje, se transformou um tormento para a
população de Porto Alegre. Para surpresa minha, quando convocado para o
exercício de Vereador na qualidade de suplente, recebi uma cópia de uma
denúncia entregue a esta Casa com 8 mil assinaturas pela Associação de Defesa
dos Usuários de Serviços Essenciais de Porto Alegre. Encaminhei à Mesa uma
proposição para que seja formada uma CPI nesta Casa averiguar as denúncias e
fazer uma devassa, se for o caso, dentro do DMAE e encontrar soluções possíveis
para o problema do DMAE e encontrar soluções possíveis para o problema do DMAE,
porque a população de Porto Alegre não pode continuar pagando sozinha a
despoluição que ela não fez sozinha e que a CORSAN, que tinha interesse até de
encampar o DMAE na época, conseguiu estragar um patrimônio que a Cidade tinha.
Essas são as mudanças que hoje toda a Cidade se vê prejudicada pelos serviços
prestados, pagando caro. Até quando? Pensando-se assim que 2m² a mais, 3m² a
mais, aí lançam mais 10/20m, pensando que o trabalhador tem dinheiro suficiente
hoje para cobrir uma conta elevada numa época em que o orçamento está
comprometido e que muitas vezes recebe e esta conta com surpresa, porque,
muitas vezes, nem sabe se o seu hidrômetro está com excesso ou não.
Então, mais uma vez, a administração que esteve nas vilas e que fez um
discurso e que na prática faz outra, está colocando pesados ônus à população.
Está tirando inclusive a mangueirinha do pobre, que não pode tomar banho de
piscinas, mas que ligava a torneira para tomar um banho no verão, pois no
Guaíba não pode ir, porque a poluição não deixa. Este Projeto Praia do Guaíba é
mais uma obra faraônica, provavelmente, pois se pretende despoluir o rio, e o
pobre, como não pode pagar a passagem para ir até o litoral, ele toma de
mangueira na frente da sua casa, porque ele sente calor como todos nós, e tinha
20m³ para poder usar, usar pagando uma taxa dentro das suas disponibilidades.
Hoje, tem 10m², então deixa o filho dentro de casa fedendo porque não pode usar
a água porque se não irá pagar excesso. Hoje o excesso atinge também os
conjuntos do BNH. No meu conjunto, onde moro, nós nunca pagamos excesso d’água,
este ano passamos a pagar. Como? Se vem para beneficiar a população, se fizeram
propaganda paga às custas da população achando que a forma era salvadora,
aproveitando a presença do Ver. Hermes Dutra, posso dizer ao colega que, se eu
estivesse, na ocasião, nesta Casa, dois votos iriam contra a mudança. Eram dois
votos. Infelizmente estou periodicamente, às vezes estou, às vezes não estou..
Sentimos o problema na carne, porque somos consumidores, somos moradores de um
conjunto do ex-BNH, além da prestação do apartamento, não são das mais baixas,
agora, vem também a prestação da água que paga o excesso todos os meses. Não
sei qual foi a justiça feita pela atual administração do PDT ao mudar e ao cantar
aos quatros cantos de Porto Alegre que agora o DMAE estava salvo. Salvo não sei
de que, ou talvez de uma péssima administração. Vejam: se o Governo envia para
essa Casa mudanças num Projeto que ele fez, enviou, no qual esta Casa
co-responsável, porque o aprovou, onde poderemos confiar nesse Governo, no
sentido de que, se, hoje, a Casa mudar as coisas vão melhorar para a população
de Porto Alegre?
O mais importante é que o preço da água subiu e a água sumiu. Ninguém
sabe, ninguém viu, só se vê quando se vai pagar os carnezinhos no banco com
preços exorbitantes, especialmente nas mãos de um funcionário da PMPA, os quais
estão reivindicando aumento salarial, com uma proposta indecorosa para a
classe, porque ela não cobre nada. Até nós que somos funcionários da PMPA,
temos dificuldade de pagar a exorbitância cobrada, pois não vale a pena lançar
carnê e então acumula. Será que não sabe o DMAE que o contribuinte deve estar
preparado financeiramente para pagar esses carnês de excesso, vindos em
determinados meses, na sua conta, sem antes ficar sabendo? Será que não podem
mandar um aviso? Não, fica mais caro, terão de pagar as cartas. Mas sabemos que
o DMAE não vai fazer isso, sai caro, terá de pagar até o aviso.
Então, vejam bem, Senhores, a situação em que nos encontramos hoje:
diante de um impasse, pois o DMAE mantém a qualidade de serviços que mantinha
à população, para poder fazer isso deve ser revisado, inclusive, o Projeto Rio
Guaíba, pois afinal de contas não é só Porto Alegre que polui o rio, a poluição
vem das cabeceiras, dos defensivos agrícolas, das indústrias e empresas
agrícolas que estão à margem dos rios tributários do Guaíba, o Rio Caí, dos
Sinos, Jacuí, Taquari, e para esses nada foi cobrado, nada foi falado, mas para
a população de Porto Alegre, que está aqui embaixo, que recebe toda essa carga
de imundície, cobram caro, botaram a mão em cima do nosso Departamento que era
um patrimônio da Cidade, e que hoje se tornou um inferno para os moradores de
Porto Alegre. Era isso.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O próximo orador inscrito é
o Ver. Flávio Coulon, por dez minutos.
O SR. FLÁVIO COULON: Sr. Presidente, pediria
licença para usar parte dos meus dez minutos para registrar um fato relevante
para a Cidade de Porto Alegre, foge um pouco do tema, mas é dentro do meu
tempo.
Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, nas últimas décadas os cidadãos de Porto Alegre se acostumaram a
conviver com uma triste realidade, não passava ano sem que Cidade perdesse um
ou mais de seus espaços culturais, cinemas fecharam, teatros deixaram de ter
condições de operar, e a antiga Capital do Sul perdeu o título para Curitiba.
Hoje todos falam na crise do Rio Grande. Foi na área cultural que esta primeiro
se manifestou. Durante este período foram poucas as vitórias que pudemos
computar. A maior delas, sem dúvida alguma, foi a reinaguração do Teatro São
Pedro, resgatado da quase destruição pela luta abnegada de Dona Eva Sopher.
Desde que foi reaberto, o São Pedro reina inconteste como a melhor casa de
espetáculos de Porto Alegre.
O SR. NEI LIMA (Questão de
Ordem):
Ver. Flávio Coulon, respeito V. Exa., acho que isto é de extrema importância
para a Cidade, mas estamos em regime de discussão de um projeto, e vem outro
logo a seguir. Não é o problema de dez minutos, mas gostaríamos que os dez
minutos fossem sobre a matéria e depois V. Exa. pode pedir Liderança ou
Explicação Pessoal e fala sobre o assunto que deseja transmitir à Cidade de
Porto Alegre. Só que isto foge à matéria. Por isso peço que V. Exa. se atenha à
matéria da Ordem do Dia.
O SR. PRESIDENTE: Ver. Flávio Coulon, solicito
que V. Exa. se atenha à discussão do Projeto.
O SR. FLÁVIO COULON: Sr. Presidente, ia
registrar um fato importante para a cidade, que é a inauguração do Teatro da
UFRGS, mas vou-me ater ao Projeto.
Sr. Presidente, Srs. Vereador, o número de técnicos-científicos
estáveis no DMAE , no início da Administração do Prefeito Alceu Collares, era
de 98. Até a data de 4 de julho de 88, conforme o ofício do DMAE, n.º 380,
enviado a este Vereador em reposta ao Pedido de informações. (Lê o ofício.)
“Senhor Presidente, Senhores Vereadores:
O número de Técnicos Científicos – IC, estáveis, no DMAE, no início da
Administração do Prefeito Alceu Collares era de 98. Até a data de 04.07.88,
conforme OF. DMAE n.º 380/GP e anexos, enviado a este Vereador em resposta a um
Pedido de Informações experimentou um acréscimo de 03 técnicos, isto é 64,3%,
assim distribuída:
11 técnicos (17,6%) admitido por concurso interno;
04 técnicos (6,3%) admitido por concurso público;
25 técnicos (39,6%) são funcionários comissionados e
23 técnicos (36,5%) são comissionados elementos extra DMAE.
Cinco desses TC estão cedidos à outros órgãos governamentais; 2
engenheiros, 1 cirurgião Dentista, 1 Engenheiro Químico e 1 Administrador.
Os acréscimos por categoria profissionais são resumidos no quadro
anexo, sendo que os mais significativos são:
- Engenheiros das diversas modalidades, inclusive operacionais, tiveram
um crescimento de 47 para 66 TCs, (40,4%).
-10 são funcionários comissionados e
-10 são comissionados extra DMAE.
- Bacharéis em Ciências Jurídicas tiveram um acréscimo de 6 para 15
advogados (150%)
- 4 promovido por concurso
interno;
- 1 funcionário comissionado
e
- 4 comissionado extra DMAE
- Engenheiros Químicos, e
outros assemelhados, tiveram um acréscimo de 9 para 14 químicos (55,5%)
- 3 funcionários
comissionados e
- 2 comissionados extra
DMAE.
- Bacharéis em comunicações
Sociais tiveram um acréscimo de 1 para 8 TCs. (700%)
-5 admitimos por concurso
interno e
-2 comissionados extra DMAE.
- Farmacêuticos tiveram um
acréscimo de 4 para 7 técnicos .(75%)
- 3 funcionários
comissionados
- Médicos tiveram um
acréscimo de 2 para 5(150%)
- 3 admitidos por concurso
público.
Foram comissionados categorias profissionais anteriormente inexistentes
tais como arquiteto, Militar, Psicólogo, Licenciado em Matemática, Licenciado
em Pedagogia e Licenciado em Geografia.
DISTRIBUIÇÃO DOS TÉCNICOS CIENTÍFICOS DO DMAE
POR CATEGORIA PROFISSIONAL. Segundo OF.DMAE n.º 380/GP de 04.07.88
|
Anterior de 01/01/88 |
Admitidos por |
SOMA |
Comissionados |
|
|||
Conc. Público |
Conc. Interno |
Funcionários |
Extra DMAE |
SOMA |
TOTAL |
|||
Engenheiros de diversas modalidades, Inclusive operacionais |
47 |
* |
** |
47 |
10 |
10 |
20 |
66 |
Administrador |
13 |
** |
** |
13 |
03 |
** |
03 |
16 |
Bel. Ciências jurídicas |
06 |
** |
04 |
10 |
01 |
04 |
05 |
15 |
Químico, engenheiros e outros |
09 |
** |
** |
09 |
03 |
02 |
05 |
14 |
Bel. Comunicação Social |
01 |
** |
05 |
06 |
** |
02 |
02 |
08 |
Farmacêutico |
04 |
** |
** |
04 |
03 |
** |
03 |
07 |
Bel. Ciências Contábeis |
05 |
** |
01 |
06 |
01 |
** |
01 |
07 |
Médico |
02 |
03 |
** |
05 |
** |
** |
** |
05 |
Economista |
05 |
** |
** |
05 |
** |
** |
** |
05 |
Bel. História Natural |
03 |
** |
** |
03 |
** |
** |
** |
03 |
Assistente Social |
01 |
** |
01 |
02 |
** |
01 |
01 |
03 |
Cirurgião Dentista |
01 |
01 |
** |
02 |
** |
** |
** |
02 |
Arquivista |
01 |
** |
** |
01 |
01 |
** |
01 |
02 |
Arquiteto |
** |
** |
** |
** |
01 |
01 |
02 |
02 |
Bibliotecário |
01 |
** |
** |
01 |
** |
** |
** |
01 |
Psicólogo |
** |
** |
** |
** |
01 |
** |
01 |
01 |
Lic. Matemática |
** |
** |
** |
** |
01 |
** |
01 |
01 |
Lic. Em Pedagogia |
** |
** |
** |
** |
** |
01 |
01 |
01 |
Lic. Em Geografia |
** |
** |
** |
** |
** |
01 |
01 |
01 |
Militar |
** |
** |
** |
** |
** |
01 |
01 |
01 |
TOTAIS |
98 |
04 |
11 |
113 |
25 |
23 |
48 |
161 |
Observações: 2 Engenheiros, 1 Cirurgião Dentista, 1 Engenheiro Químico
e 1 Administrador estão cedidos à outros órgãos governamentais.
DISTRIBUIÇÃO DOS TÉCNICOS CIENTÍFICOS DO DMAE
POR ÁREA DE ATIVIDADE. Segundo OF.DMAE n.º 380/GP de 04.10.88.
|
Efetivos |
Comissionados |
TOTAIS |
|||
N.º |
% |
N.º |
% |
N.º |
% |
|
Diretoria Geral |
19 |
11,8 |
14 |
8,7 |
33 |
20,5 |
Administrativa |
24 |
14,9 |
6 |
3,7 |
30 |
18,6 |
Planejamento |
29 |
18,0 |
16 |
9,9 |
45 |
28,0 |
Operacional |
22 |
13,7 |
7 |
4,3 |
29 |
18,0 |
Apoio |
7 |
4,3 |
4 |
2,5 |
11 |
6,8 |
Assistência Social |
7 |
4,3 |
1 |
0,6 |
8 |
5,0 |
À disposição de outros órgãos |
** |
** |
** |
** |
5 |
3,1 |
TOTAIS |
108 |
** |
48 |
** |
161 |
100% |
Analisados estes quadros, percebe-se que existe um substancial
acréscimo de pessoal em toda ordem 64,3% pergunta-se:
Os serviços experimentarem um crescimento de mesma ordem?
Os acréscimos na área administrativa se justificam?
Quanto esses acréscimos importam em aumento de tarifa?
Na citada correspondência do Senhor Prefeito Municipal na parte que se
refere a justificativa de atividades, houve uma descrição das atribuições dos
cargos e funções que constam em Lei. O que se deseja é a justificativa, em
termos estatísticos, do aumento de serviço que comprove a necessidade do
acréscimo do TCs nos seguintes casos principalmente:
a) Engenheiros das diversas modalidades, inclusive os operacionais .
b) Bacharéis em Ciências Jurídicas.
c) Engenheiros Químicos e assemelhados.
d) Bacharéis em Comunicações Sociais.
e) Farmacêuticos.
f) Arquitetos.
É preciso que o DMAE comprove para esta Câmara de Vereadores que esse
acréscimo violento no quadro de técnicos científicos (e sou obrigado a
considerar que ele também tenha ocorrido nos demais quadros do Departamento)
não é empreguismo ou favorecimento político.”
O SR. PRESIDENTE: Ver. Flávio Coulon, o tempo
de V. Exa. está esgotado, o Ver. Eroni Carus se inscreve e cede seu tempo a V.
Exa.
O SR. FLÁVIO COULON: Agradeço ao Ver. Eroni
Carus.
“E preciso que o DMAE comprove para a opinião pública que essa orgia de
contratações não tem reflexo na tarifa.
É preciso que o DMAE comprove para a sociedade porto-alegrense que é
ético e moral efetivar apadrinhados através de concursos internos e não de
concursos públicos.” Alias, em matéria de concurso interno, no DMAE, é bom nem
falar por aqui.
“É preciso, finalmente, que o DMAE comprove que a população de Porto Alegre
não está pagando, embutidas nessas tarifas escorchantes frutos de fórmulas
mirabolantes, um grande festival de incompetência administrativa”.
O Sr. Elói Guimarães: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Estranho que V. Exa. esteja a contestar o concurso
interno, que é uma forma de promoção dos funcionários. Sabe V. Exa. quem é que
pode fazer concurso? Só pode ser feito por funcionários. Estranhos, cargos em
comissão, não podem fazer concurso interno. Então, é uma forma de promover funcionários,
agora, se V. Exa. é contra a promoção de funcionários, eu respeito.
O SR. FLÁVIO COULON: Quero deixar bem claro que
eu sou contra esse tipo de concurso interno onde, por exemplo, a minha filha,
que entrou como datilógrafa, acaba virando técnico-científico. No concurso,
entrou como datilógrafo e quer virar engenheiro, vai fazer concurso público
para engenheiro. O fato de ele ter entrado por apadrinhamento político e,
depois, se valer de um concurso interno, isso, da maneira como eu vejo as coisas,
não pode. E mesmo que ele tenha entrado por concurso de datilógrafo e fazer
concurso interno para engenheiro, no meu tipo de administração pública não
entra essa figura, mesmo porque os funcionários da Prefeitura sabem que a
grande maioria dos concursos internos já é feita com a fotografia de quem vai
ser aprovado.
O Sr. Elói Guimarães: V. Exa., então, é contra o
concurso interno, que promove os funcionários?
O SR. FLÁVIO COULON: Sou contra o concurso
interno dentro da Prefeitura para promover gente que entrou por apadrinhamento
político e técnico-científico. Todo pessoal que está saindo das faculdades deve
ter a mesma vantagem, em termos de administração pública, ou seja, ter acesso
igual aos outros. Sou contra concurso interno nos moldes que estou citando,
especialmente esses do Governo pedetista, onde os parentes acabam passando
brilhantemente.
O Sr. Elói Guimarães: Cite um caso, Vereador, não
deixe no ar.
O SR. FLÁVIO COULON: Cito um caso: a filha do Dr.
Petersen passou num concurso interno para Comunicação Social.
O Sr. Elói Guimarães: V. Exa. diz que a filha do
Dr. Petersen foi privilegiada?
O SR. FLÁVIO COULON: O “privilegiada” é V. Exa.
que está dizendo.
O Sr. Elói Guimarães: Eu gostaria que ficasse
consignado nos Anais.
O SR. FLÁVIO COULON: Retiro. Foi um concurso
feito com a maior moralidade do mundo e ela foi brilhantemente aprovada, porque
tinha grandes méritos. Agora, volto à tarifa do DMAE. Srs. Vereadores, em
relação ao DMAE, eu louvo os esforços do Ver. Hermes Dutra, que foi um grande estudioso
deste Projeto do DMAE. Louvo o esforço de todos os Vereadores que apresentaram
Emendas. Quero deixar bem claro o seguinte: depois deste primeiro Projeto que
eu vim aqui e defendi, porque o pessoal do DMAE me havia convencido que esta
fórmula de cálculo de tarifa da água era a fórmula mais perfeita para
satisfazer a população de Porto Alegre, depois disto, eu me nego a estudar
qualquer coisa que venha da atual direção do DMAE, em termos de tarifa, que não
seja o retorno à fórmula antiga. Logo, votarei contra qualquer Projeto,
qualquer Substitutivo, porque tenho certeza absoluta que vai se repetir o que
já aconteceu uma vez. Dentro desta nova fórmula, vai haver prejuízo para
contribuintes, não se iludam os Senhores Vereadores, não dá para acreditar em nenhuma
destas fórmulas negociadas com o DMAE. Não dá para acreditar nas Emendas que
serão aprovadas contra o Voto do PDT, porque o Prefeito vai vetar. E eu louvo a
intenção do Ver. Jorge Goularte e sou capaz de fazer uma coisa que nunca fiz,
para votar a favor desta Emenda, ou seja, votar contra o Projeto e acabar
votando a favor das Emendas. Quando voto contra o Projeto, voto contra as
Emendas, mas sou capaz de fazer uma ressalva para votar a favor desta Emenda,
só para ter o prazer de, na prática, ver o Prefeito vetar esta Emenda, porque o
DMAE jamais irá aceitar estes 10% para o DEP. Aliás, mesmo porque V. Exa.
participou aqui das negociações, o próprio pessoal do DEP disse que o pessoal
do DMAE estava contra esta Emenda, Ver. Elói Guimarães.
O Sr. Elói Guimarães: Apenas para esclarecer,
para que fique consignado nos Anais, que a filha do Dr. Petersen é funcionária
concursada do DMAE. É um ótimo registro.
O Sr. Hermes Dutra: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Ver. Flávio Coulon, eu respeito profundamente a
decisão de V. Exa., mas veja a situação que fica a Casa. Para passar um Projeto
de Lei Complementar, precisa ter 17 votos. A oposição nesta Casa que não se
junta, a oposição nesta Casa está que nem a esquerda, só se junta o dia que for
presa numa cela meio pequena, porque não se divide. Tem 19 Vereadores. Então,
veja bem, se V. Exa. já antecipa que vai votar hoje, num protesto, V. Exa., sem
querer, está beneficiando o Executivo.
O SR. FLÁVIO COULON: Ver. Hermes Dutra, V. Exa.
está fazendo um apelo no sentido de que eu vote o seu Substitutivo, Ver. Hermes
Dutra. É isto? Aliás, V. Exa. também me esclareceu, porque este Substitutivo
foi, de uma certa maneira acertado com o DMAE, de uma certa maneira tem uma
fórmula... Sem comprometimento com o DMAE eu sou capaz de votar a favor.
O Sr. Hermes Dutra: Eu ouvi, porque é uma
questão até de coerência, o Diretor Geral do DMAE. Ele expôs uma série de
argumentação contra o Substitutivo, digamos 12, 13, não me lembro. Duas eu
achei que ele tinha razão, então, eu apresentei uma Emenda retirando.
O SR. NEREU D’ÁVILA: (Aparte anti-regimental) O DMAE tem câncer?
O SR. FLÁVIO COULON: Para mim tem. Olha, me
enganaram e me enganaram com computadores, com projetor de slides, com tudo o
que tinham direito. Olha, uma parafernália montada aqui para mostrar que estava
tudo certo, como eu nunca vi na minha vida e eu entrei, e até hoje estou
pagando. E olha, me avisaram. Assim como o único que acreditou foi o Ver.
Hermes Dutra. Assim como estão me avisando que esta fórmula agora também vai
dar problema.
Então, Ver. Hermes Dutra, quero esclarecer V. Exa., que se depender do
meu voto, se aprovado o seu Substitutivo, pode contar com ele, desde que V.
Exa. me disse que se trata de cálculos feitos unicamente por V. Exa.
Sr. Presidente, agradeço a V. Exa. pela gentileza. Sou grato.
(Revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: A Mesa dará conhecimento à
Casa de Emenda recebida, de autoria do Ver. Antonio Hohlfeldt, Emenda de Líder
ao Projeto e ao Substitutivo.
(Lê a Emenda.)
Com a palavra o Ver. Jorge Goularte.
O SR. JORGE GOULARTE: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. Em primeiro lugar é preciso que fique claro - tenho 13 anos de
Câmara e o maior carinho pelo DMAE, um órgão respeitável e respeitado em Porto
Alegre e que num determinado momento esteve a perigo de ser encampado pela
CORSAN. O que ocorreu nesta Casa e que todos os Vereadores estão falando, é que
marchamos numa nova fórmula da água. Antes era H2O e depois ficou
“X” mais “Y” mais “Z”, “H2” e “O” no consumidor. Acertaram o
consumidor; acertando o consumidor acertaram todos nós. E nós estamos aqui
confessando nossa culpa e tentando achar uma fórmula que seja conciliadora
nesse assunto. O Substitutivo do Ver. Hermes Dutra é de extrema validade, foi
exaustivamente estudado e vamos acompanhá-lo mais uma vez, o que não é nada de
novo, pois somos companheiros de tantos anos. Agora, gostaria de falar,
especificamente, sobre a minha Emenda, assim como eu gosto do DMAE, eu gosto
muito do DEP, que nasceu em 1972, Departamento de Esgotos Pluviais e que era
uma parte integrante do DMAE e que saiu do DMAE e ficou sem orçamento próprio e
como não tem condições de sobrevivência, é um Órgão destinado a extinção. O
DMAE sabe o que eu vou dizer aqui, e é verdade: o DEP vem lutando a muito tempo
para que o DMAE repasse a ele, DEP, uma pequena porcentagenzinha do líquido, do
lucro líquido, não é do montante receber, uma pequena parcelinha para que o DEP
sobreviva e que tenha ao menos condições de continuar a prestar os serviços
relevantes que vem servindo a Porto Alegre. Se sabe que Porto Alegre tem muita
deficiência em esgoto cloacal e muitas vezes há inúmeras economias ligadas à
rede do DEP e o DEP não leva nada, o DEP só leva chumbo e não leva nada de
percentual.
Então, diante disso, apresentei uma Emenda que se não é perfeita - o
que não poderia ser perfeito hoje em dia - é ao menos uma tentativa de dar ao
DEP uma pequena injeção para que ele reanime e não seja extinto por falta
absoluta de condições de sobrevivência. Agora dirão: “Mas o DMAE será
prejudicado?” Eu pergunto: em que? Se é 10% sobre o lucro líquido, então se
poderia dizer que o DMAE deixa de colocar 10% no OPEN ou no OVER para render
juros e repassar para o irmãozinho mais pobre, que é o DEP para que ele ao
menos sobreviva. Isso me parece ser justo e vai dar oportunidade de que este
departamento continue prestando serviços a Porto Alegre.
Eu não irei nem utilizar todo o meu tempo, Ver. Hermes Dutra, porque V.
Exa. disse o que eu queria dizer, vou acompanhar o Substitutivo do Ver. Hermes
Dutra, com as Emendas, evidentemente, esperando que o PDT vote de acordo com a
consciência de cada um e não com a consideração feita por apenas um. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrada a discussão, em
votação. Se inscreve o Ver. Cleom Guatimozim para encaminhar. Com a palavra,
para encaminhar, o Ver. Cleom Guatimozim, pelo PDT.
Nós ficamos impressionados, Srs. Vereadores, exatamente da forma como
se colocou aqui, contra concurso público, contra concurso interno, um direito
do funcionário, não é próprio do DMAE isso. O concurso interno se conhece em
inúmeros países, é uma forma de progressão dos funcionários, porque lá dentro
ele evolui, cresce. Existem concursos internos que são muito mais rigorosos do
que os concursos externos. Aqui mesmo nesta Casa tem um Vereador que fez três
concursos internos - e não foi na Prefeitura, foi no Estado - e não conseguiu,
ele é bacharel em Direito. Este Vereador fez, então, um concurso externo e
passou brilhantemente. Hoje, o Ver. Paulo Sant’Ana é Delegado de Polícia porque
fez um concurso externo. Todos sabem que o Ver. Paulo Sant’Ana é um homem
inteligente, um Vereador muito inteligente, um jornalista muito inteligente e
teve essas dificuldades.
Então, Senhores Vereadores, trazer esses problemas todos para cá quando
a discussão e a problemática é outra, é de causar admiração. Nós verificamos
que agora o que se pretende aplicar é exatamente o que o usuário pague aquilo
que gastou. Houve uma mudança que eu considero de grande importância. Mudou. Houve
uma definição entre taxa e tarifa, o DMAE optou por tarifa, quer dizer, o cidadão
não quer gastar água, não quer ligar, não precisa ligar, porque antes como taxa
ele pagava. Serviço à disposição, não usa água mas paga a taxa mínima, agora
houve uma modificação, uma opção pela tarifa, a água passa mas o cidadão não
liga e não paga ou o cidadão manda desligar e não paga, no caso de incêndio, no
caso em que o prédio seja desocupado por qualquer motivo e também na tarifa
social, onde não há hidrômetro, o cálculo feito é na base de 10m³. Nós sabemos
que aí houve um grande benefício porque alguns gastarão 30m³, outros 40m³, é
verdade que outros gastarão 6m³. Então, essas modificações que forma colocadas
nesta situação em que o Projeto veio a apreciação não poderia dar lugar às
acusações feitas da Tribuna. Aqui, nesta tribuna, o DMAE parece o inimigo
público n.º1. O inimigo n.º1, aqui, diante da oposição, é o DMAE que presta
excelentes serviços. Ouvia, Senhores, a pouco, os comentários sobre os
trabalhadores. Via, também, os trabalhadores, aquele que pega no cabo da
picareta, aquele que entra dentro do bueiro amarrado pela cintura, prestando
serviços, no meu bairro. Vi como aqueles homens arriscam a vida, na mesma
proporção que os bombeiros num grande incêndio. Então a valorização dos
funcionários da Prefeitura, em especial do DMAE, é de grande importância. Desde
o trabalhador, aquele que entra no bueiro, com alto volume de água, até os
técnicos que planejam. De tanta importância, que o Banco Equatoriano, que agora
trata, no Equador, de saneamento e de água, quer levar os técnicos do DMAE para
o Equador! Depois de pesquisarem em todas as capitais do Brasil, chegaram a
essa conclusão, mas só aqui que não há mérito. Só nesta Casa e nesta Tribuna,
diante dos olhos da oposição, pois há na população! Pois há a nível
internacional! O DMAE se projeta a nível internacional.
Não posso admitir isso. Referindo-me ao Ver. Hermes Dutra, Líder do
PDS, quero esclarecer a V. Exa., que é um dos grandes amigos que tenho nesta
Casa, bem como outros amigos, sendo que tenho a mesma simpatia pelo Ver. Flávio
Coulon, que é pouco provável, não que o Ver. Hermes Dutra, que é um Vereador
trabalhador e inteligente, mas que qualquer Vereador tenha condições de elabora
um Projeto dessa dimensão, que não feito através de uma técnica especializada e
de prática longa, como o DMAE. Então, nós acreditamos nisso. Hoje o Sr.
Prefeito dizia aos Vereadores que lá estavam, e lá estava o Ver. Caio Lustosa,
que houve um erro humano. E quem não erra em todos os setores da atividade
humana? E parece, assim, Srs. Vereadores, que ninguém erra na Administração.
Então, o Prefeito Municipal disse, hoje, na presença dos líderes, que houve um
erro, e que se conserta através do Projeto que agora se vota. Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Caio
Lustosa, por cinco minutos.
O SR. CAIO LUSTOSA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. Evidentemente que o DMAE não é demônio, mas também não é anjo. E
tanto não é anjo que induziu, de certa forma, com todo seu aparato tecnológico,
tecnocrático a esta Câmara, vamos dizer claramente, é louvável que o Prefeito
confesse, o DMAE nos induziu em erro, com todos os seu nove bacharéis e não sei
quantos técnicos.
Mas, nós que não analisamos o comportamento de uma entidade com tantos
méritos como o DMAE, sobre o prisma pessoal, dos erros e das faltas, inclusive,
que são próprias da condição humana e desta Câmara também, devemos nesta hora
salientar que foi muito educativa a discussão nesta tarde, em que inclusive com
as críticas, as mais contundentes que se fizeram ao DMAE, nesta questão das
tarifas, ajuda a discussão a tentarmos o aprimoramento de um órgão de tanta
importância dentro da Administração, para coletividade como um todo.
Nós queremos dizer, Sr. Presidente, e Srs. Vereadores: de parte do
PSDB, que evidentemente a questão da água e dos esgotos não vai se esgotar com
este Projeto, mas o trabalho feito pelo Relator, com as emendas apresentadas e
o Substitutivo que daí surgiu, nos parece como melhor solução para superar
essas falhas que o próprio Executivo teve, e vamos elogiar o mérito de
reconhecer as falhas. Claro, existem coisas no Projeto original e no
Substitutivo, que não foram modificadas, como o art. 52 § único, quanto à
questão do DMAE assumir essa cobrança como tarifa e não como taxa. Coisas assim
um tanto acacianas, de dizer que o DMAE deixará de cobrar água que não for
fornecida. Evidentemente, que sendo tarifa, a cobrança só pode ocorrer quando
há utilização do serviço, por parte do consumidor. Mas eu acho que se
acrescentaram muitas coisas válidas, inclusive essa Emenda do Ver. Clóvis Brum,
quando impede que o DMAE cobre taxas de esgoto daquelas economias que não estão
usando o serviço de coleta e de tratamento de esgoto. Isso é uma grande
discussão, que ainda está por se aprofundar, porque o malfadado Projeto Rio
Guaíba, em que o DMAE foi vítima de uma encampação branca por parte da CORSAN,
ainda está a merecer, cada vez mais, uma reformulação global. Infelizmente os
interesses, principalmente dos projetistas e dos empreiteiros que gravitam em
torno desse malfadado Projeto Rio Guaíba, interesses que não visam a sanear o
Rio Guaíba, mas visam a comercializar canos, fazer grandes redes, grandes
estações, esses interesses impedem uma condução séria do Projeto Sanitário em
Porto Alegre.
Mas, terminando, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, queremos firmar a
posição de nossa Bancada favorável ao Substitutivo com as emendas apresentadas
e que, ao nosso ver, melhoram e muito o Projeto original. E, assim, eu acho que
nós estaremos vencendo mais uma etapa desta questão de tanta seriedade, de
tanta importância para Porto Alegre, que é a questão da água e do esgoto, e
suavizando, pela redução que isto vai proporcionar nas tarifas, o bolso da
comunidade porto-alegrense. Pela aprovação do Substitutivo e das Emendas
apresentadas. Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Artur
Zanella): Com
a palavra o Ver. Clóvis Brum pelo PMDB.
O SR. CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, o Líder do PDT duvidou, numa citação memorável para os Anais da
Casa e prontamente refutável, de que só com o uso de uma técnica a nível de
máquina e de pessoal se poderia apresentar um projeto para o cálculo da água e
etc.…
Pois muito bem, em janeiro tivemos, aqui, os computadores do DMAE, aqui
estavam os técnicos do DMAE e nunca, na minha vida, dei um voto tão errado e
tão equivocado como naquele mês de janeiro.
Bem feito para mim, dizia o atilado Ver. Hermes Dutra, bem feito para
vocês que votaram a favor, acreditaram na máquina, como se nós não soubéssemos
que a máquina é um eterno adversário do ser humano. É o eterno adversário do
homem. Hoje não deverá prevalecer a máquina, deverá prevalecer o homem, o homem
que sente todas as dificuldades do dia-a-dia. O homem que palpita, o homem que
sonha, o homem que chora, o homem que se alegra, o homem que, finalmente, paga
a conta da água e do esgoto. O pai que sustenta a sua família, o pai que paga a
passagem do ônibus, o pai que já não mais pode pagar a alimentação condigna
para seus filhos, nas vilas populares, onde a água e o esgoto são uma cobrança
dura. Hoje, quem consegue pagar água e esgoto nos bairros é um herói. A fábrica
do excesso que se instalou a nível de água e esgoto não tem antecedentes.
Nunca, na história do DMAE, ele arrecadou tanto em tão pouco tempo, como
através da famigerada Lei Complementar 170 de janeiro deste ano. E é tão
verdade que o próprio DMAE e o próprio Prefeito reconhecendo que cobravam
demais da população, mandaram acertar alguma coisa neste sentido. Não vai ser
com imposições, por falta de esclarecimento que a Casa perderá, na tarde de
hoje, a oportunidade de diminuir o preço do esgoto e de proibir que se continue
cobrando esgoto das redes do convênio DMAE e CORSAN. É uma cobrança ilegal e
mais que ilegal, a população, por onde correm os canos, não tem condição de
pagar, de se dar ao luxo de pagar, não só o esgoto, mas o excesso do esgoto que
o DMAE não recolhe das residências, e que o DMAE não trata, porque não tem
estação de tratamento naquelas redes. Sr. Presidente e Srs. Vereadores, acho,
reconhecidamente, que hoje não podemos perder duas oportunidades. A primeira, a
Câmara tem a oportunidade de proibir, na tarde de hoje, a cobrança ilegal do
esgoto nas redes do convênio DMAE-CORSAN. Segundo, a Câmara também tem a
oportunidade de diminuir o custo, o valor da taxa do DMAE, para remoção de
esgotos. Acho que a sorte de milhares e milhares de porto-alegrenses que, a
pretexto de solicitar verificação nos seus hidrômetros vêm justificando que não
pode pagar mais a conta de água e esgoto, está lançada hoje. A Casa vai decidir
sobre os destinos da população, notadamente da população de baixa renda. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Hermes
Dutra.
O SR. HERMES DUTRA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. Vou ser breve, só para completar os esclarecimentos que fiz.
Efetivamente, nós não temos a assessoria necessária para fazer um Projeto que
contraste com aqueles que nos mandam. Para que V. Exas. tenham uma idéia da
dificuldade que temos para elaborar um Projeto, vou narrar duas coisas:
primeiro, fiz através de um Pedido de Informações, solicitação de dados a
respeito da receita do DMAE. Lamentavelmente, o prazo venceu e não recebi estes
dados. Levantei uma Questão de Ordem aqui - e V. Exas. estão lembrados -
dizendo que, para votação do Projeto, era necessário que viesse a receita do
DMAE, nos meses tais, tais e tais, Sr. Presidente. V. Exa. vai ficar com esta
dívida para com esse Relator. Posteriormente, o Presidente da Casa, Ver.
Brochado da Rocha, me pôs um telefone no ouvido, sem o meu consentimento, e era
o Diretor do DMAE, que ficou de me trazer no outro dia estes dados. Até hoje,
eu não recebi os dados sobre a receita do DMAE. Será que eu não mereço receber
estes dados ou não é interessante que eles venham a público antes da votação do
Projeto? Peço que V. Exas. reflitam sobre isto. Não sei se vai passar o
Substitutivo. Agora, estou convicto de uma coisa: cumpri com o meu dever. Acho
que a Casa tinha oportunidade de dar uma resposta ao Sr. Prefeito Municipal.
Não sei se vai dar. Agora, não mais poderão fazer cobranças de nós. Nós fizemos
o que nos foi possível. O Projeto do Executivo não é bom. V. Exas. vão-se
arrepender depois, de novo, não tenham dúvida. Vão cobrar de novo de V. Exas.,
em menor escala. Se hoje a metade da Cidade está reclamando, vai passar a
reclamar 30% da Cidade, mas ainda vão reclamar. A questão que eu levanto é
esta: teremos nós o direito de errar pela segunda vez? Terá a Casa cumprido com
a sua obrigação com a população não corrigindo um erro em tempo? Terá a Casa o
direito de abdicar de dar uma resposta à altura, nesta questão de
relacionamento Legislativo e Executivo? São questões que a consciência de cada
um haverá de responder. Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: Já que esta Mesa foi
citada, informo ao Ver. Hermes Dutra que a cópia do seu discurso em que
solicitava a receita do DMAE foi entregue a Liderança do PDT.
Encerrados os encaminhamentos.
Requerimento do Ver. Clóvis Brum.
O SR. CLÓVIS BRUM: Solicito, Sr. Presidente,
que, ouvido o Plenário e se este aprovar, as votações sejam nominais para esta
Matéria.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento
do Ver. Clóvis Brum, que pede uma votação nominal para o PLCE n.º 07/88 e para
as Emendas a ele apostas. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO, contra
o voto do Ver. Hermes Dutra.
Informa a Diretoria Legislativa que a última Emenda não foi entregue
aos Srs. Vereadores. Em função disso, a Sessão será suspensa até que a referida
Emenda chegue às mãos dos Srs. Vereadores. A Emenda está sendo xerografada
neste momento para encaminhamento aos Srs. Vereadores.
O SR. HERMES DUTRA (Questão
de Ordem):
Já relatei favoravelmente à Emenda e acho que sua leitura dispensa a
apresentação. A Emenda do Ver. Antonio Hohlfeldt repete um aspecto substitutivo
ao Projeto. Solicitaria que passássemos à votação.
O SR. PRESIDENTE: É uma solicitação ou um
requerimento?
O SR. HERMES DUTRA: Não posso requerer uma coisa
que é determinada por V. Exa.
O SR. PRESIDENTE: Se for requerimento será
colocado em votação.
O SR. HERMES DUTRA: Requeiro que passemos à
votação.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento
do Ver. Hermes Dutra. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
O Sr. Secretário lerá a Emenda aos Srs. Vereadores, bem como o parecer
à ela exarado.
O SR. SECRETÁRIO: (Lê a Emenda.) (Lê o
Parecer.)
O SR. PRESIDENTE: Antes da verificação de
“quorum”, gostaria de pedir a colaboração dos Srs. Vereadores, pois nós teremos
uma votação extremamente significativa, com Substitutivo e emendas. Pediria o
máximo de silêncio para a chamada que vai ser efetuada a partir de agora.
Solicito ao Sr. Secretário que proceda à chamada nominal dos Srs.
Vereadores para nova verificação de “quorum”.
O SR. 2.º SECRETÁRIO: (Procede a chamada nominal
dos Srs. Vereadores.) Há “quorum”, Sr. Presidente. Vinte e oito Srs. Vereadores
presentes, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE: Há “quorum” para votação.
Vota-se primeiro o Substitutivo da Comissão Especial. São necessários 17 votos,
maioria absoluta para a aprovação.
Em votação: solicito que o Sr. Secretário proceda à chamada nominal dos
Srs. Vereadores para votação.
O SR. CLEOM GUATIMOZIM
(Questão de Ordem): Vota-se o Substitutivo em primeiro lugar?
O SR. PRESIDENTE: Vota-se o Substitutivo em
primeiro lugar; aprovado o Substitutivo, cai o Projeto e as Emendas ao Projeto
e ficam as Emendas ao Substitutivo.
O SR. 3.º SECRETÁRIO: (Procede à chamada e colhe
os votos dos Srs. Vereadores.) Sr. Presidente, 15 Srs. Vereadores votaram sim e
10 Srs. Vereadores votaram não.
O SR. PRESIDENTE: REJEITADO o Substitutivo aposto ao
PLCE n.º 07/88.
O SR. CLEOM GUATIMOZIM: Sr. Presidente, derrotado o
Substitutivo, caem as Emendas?
O SR. PRESIDENTE: Sim, derrotado o
Substitutivo, caem as Emendas. Mas a Mesa relembra de que ao Projeto há Emendas
iguais ao Substitutivo.
(Votaram SIM os Vereadores: Artur Zanella, Bernadete Vidal, Caio
Lustosa, Clóvis Brum, Frederico Barbosa, Hermes Dutra, Jorge Goularte, Jussara
Cony, Lauro Hagemann, Mano José, Nilton Comin, Rafael Santos, Flávio Coulon,
Marcinho Medeiros e Eroni Carus. Votaram NÃO os Vereadores: Adão Eliseu, Cleom
Guatimozim, Elói Guimarães, Ennio Terra, Jaques Machado, Nei Lima, Nereu
D’Ávila, Teresinha Irigaray, Valdir Fraga e Wilton Araújo.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação o PLCE n.º
07/88. Solicito ao Sr. Secretário que proceda a chamada nominal dos Srs.
Vereadores para a votação.
O SR. SECRETÁRIO: (Procede à chamada e colhe
os votos dos Srs. Vereadores.) Sr. Presidente, 19 Srs. Vereadores votaram sim e
08 Srs. Vereadores votaram não.
O SR. PRESIDENTE: APROVADO o PLCE n.º 07/88, com a
Mensagem Retificativa.
(Votaram SIM os Vereadores: Adão Eliseu, Aranha Filho, Bernadete Vidal,
Cleom Guatimozim, Clóvis Brum, Elói Guimarães, Ennio Terra, Frederico Barbosa,
Ignácio Neis, Jaques Machado, Jorge Goularte, Mano José, Nei Lima, Nereu
D’Ávila, Nilton Comin, Raul Casa, Teresinha Irigaray, Valdir Fraga e Wilton
Araújo. Votaram NÃO os Vereadores: Caio Lustosa, Hermes Dutra, Jussara Cony,
Lauro Hagemann, Rafael Santos, Flávio Coulon, Marcinho Medeiros e Eroni Carus.)
O SR. PRESIDENTE: Passa-se à Votação das
Emendas apostas ao PLCE n.º 07/88.
O SR. JORGE GOULARTE: Para um Requerimento. Peço
aos meus Pares compreensão para este Requerimento. Peço que a minha Emenda seja
votada em primeiro lugar, porque eu tenho convenção partidária, com horário.
Sou do único partido que tem convenção hoje, às 19 horas, e preciso votar, se
meus colegas me derem a satisfação de que eu possa votar e depois sair. Eu
votei pelo Projeto original. Só queria votar esta Emenda, para que não fosse
omisso na minha própria Emenda.
O SR. NEI LIMA (Questão de
Ordem): Eu
até faria mais. O Ver. Jorge Goularte que tem que sair e tem um Projeto importante
que é o do aumento do funcionalismo, como o voto é secreto, ele poderia pegar o
voto, lacrar e deixar com V. Exa., Sr. Presidente, para ser colocado na urna
por V. Exa.
O SR. PRESIDENTE: Infelizmente, não existe
voto por procuração.
Em votação o Requerimento do Ver. Jorge Goularte. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
A SRA. TERESINHA IRIGARAY
(Questão de Ordem): Apenas para colaborar com a Mesa e esclarecer, não foi aprovada a
Emenda do Ver. Jorge Goularte, foi aprovado o pedido para ser votada em
primeiro lugar.
O SR. PRESIDENTE: A Emenda de Líder do Ver.
Jorge Goularte está com a numeração coincidente com outra Emenda, tendo em
vista que a Emenda era ao Projeto e ao Substitutivo. Ela será denominada provisoriamente
3b e, em Redação Final, numerada novamente. A Emenda de Líder do Ver. Jorge
Goularte será lida, agora, pelo Ver. Mano José.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente,
respeitosamente ousarei discordar da Mesa, a Emenda do Ver. Jorge Goularte deve
ser numerada como Emenda de Líder ao Projeto e Substitutivo 03.
O SR. PRESIDENTE: É que existe uma outra
Emenda...
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Número 3, que não é de
Líder. Nós temos várias emendas, Presidente. Nós temos a Emenda 1, nós temos a
de Líder n.º1, nós temos a de Líder ao Projeto Substitutivo. Nós temos quatro
Emendas n.º1.
O SR. PRESIDENTE: V. Exa. tem razão, é por
isso que eu pedi compreensão, que nós vamos votar calmamente uma a uma,
identificando claramente e as Emendas serão lidas. Existem Emendas de n.º1, de
n.º 2 que são coincidentes no número, então, elas serão identificadas como “A”
ou como “B” para evitar problemas. Na Redação Final, estes detalhes serão
observados.
A Emenda do Ver. Jorge Goularte será lida pelo Ver. Mano José.
(O Sr. 2.º Secretário lê a Emenda de Líder do Ver. Jorge Goularte.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação a Emenda de
Líder do Ver. Jorge Goularte. (Pausa.)
Eu gostaria que os Srs. Vereadores, já que a votação não é nominal, não
foi requerida votação nominal...
O SR. CLÓVIS BRUM (Questão
de Ordem): Sr.
Presidente, eu requeri, o Plenário aprovou.
O SR. PRESIDENTE: A votação será nominal.
Solicito ao Ver. Mano José que proceda à chamada nominal dos Srs.
Vereadores para a votação da Emenda de Líder do Ver. Jorge Goularte.
O SR. SECRETÁRIO: (Procede à chamada e colhe
os votos dos Srs. Vereadores.) Sr. Presidente, 15 Srs. Vereadores votaram sim e
11 Srs. Vereadores votaram não.
O SR. PRESIDENTE: REJEITADA a Emenda.
(Votaram SIM os Vereadores: Antonio Hohlfeldt, Aranha Filho, Caio
Lustosa, Clóvis Brum, Frederico Barbosa, Hermes Dutra, Ignácio Neis, Jorge
Goularte, Jussara Cony, Lauro Hagemann, Mano José, Nilton Comin, Rafael Santos,
Marcinho Medeiros e Eroni Carus. Votaram NÃO os Vereadores: Adão Eliseu, Cleom
Guatimozim, Elói Guimarães, Ennio Terra, Jaques Machado, Nei Lima, Nereu
D’Ávila, Raul Casa, Teresinha Irigaray, Valdir Fraga e Wilton Araújo.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação a Emenda n.º 01,
de autoria do Ver. Mano José.
Solicito ao Sr. Secretário que proceda à chamada nominal dos Srs.
Vereadores para a votação.
O SR. SECRETÁRIO: (Procede à chamada e colhe
os votos dos Srs. vereadores.) Sr. Presidente, 23 Vereadores votaram SIM, 02 Srs. Vereadores votaram NÃO e 01 Sr. Vereador se absteve de
votar.
O SR. PRESIDENTE: APROVADA a Emenda n.º 01 ao PLCE n.º
07/88.
(Votaram SIM os Vereadores: Adão Eliseu, Antonio Hohlfeldt, Aranha
Filho, Caio Lustosa, Cleom Guatimozim, Clóvis Brum, Elói Guimarães, Ennio
Terra, Frederico Barbosa, Hermes Dutra, Ignácio Neis, Jaques Machado, Jussara
Cony, Lauro Hagemann, Mano José, Nereu D’Ávila, Nilton Comin, Rafael Santos,
Raul Casa, Teresinha Irigaray, Valdir Fraga, Wilton Araújo e Eroni Carus.
Votaram NÃO os Vereadores: Flávio Coulon e Marcinho Medeiros. ABSTEVE-SE de
votar o Ver. Nei Lima.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação a Emenda n.º 02,
de autoria do Ver. Mano José.
Solicito ao Sr. Secretário que proceda à chamada nominal dos Srs.
Vereadores para a votação.
O SR. SECRETÁRIO: (Procede à chamada e colhe
os votos dos Srs. Vereadores.) Sr. Presidente, 22 Srs. Vereadores votaram sim,
02 Srs. Vereadores votaram não e 01 Sr. Vereador se absteve de votar.
O SR. PRESIDENTE: APROVADA a Emenda n.º 02 ao PLCE n.º
07/88.
(Votaram SIM os Vereadores: Adão Eliseu, Antonio Hohlfeldt, Aranha
Filho, Caio Lustosa, Cleom Guatimozim, Clóvis Brum, Elói Guimarães, Ennio
Terra, Frederico Barbosa, Hermes Dutra, Ignácio Neis, Jaques Machado, Jussara
Cony, Mano José, Nereu D’Ávila, Nilton Comin, Rafael Santos, Raul Casa, Valdir
Fraga, Wilton Araújo, Eroni Carus e Lauro Hagemann. Votaram NÃO os Vereadores:
Flávio Coulon e Marcinho Medeiros. ABSTEVE-SE de votar o Ver. Nei Lima.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação a Emenda n.º 03,
de autoria do Ver. Mano José.
Solicito ao Sr. Secretário que proceda à chamada nominal dos Srs.
Vereadores para a votação.
O SR. SECRETÁRIO: (Procede à chamada e colhe
os votos dos Srs. Vereadores.) Sr. Presidente, 09 Srs. Vereadores votaram SIM e 17 Srs. Vereadores votaram NÃO.
O SR. PRESIDENTE: REJEITADA a Emenda n.º 03 aposta ao
PLCE n.º 07/88.
(Votaram SIM os Vereadores: Caio Lustosa, Clóvis Brum, Frederico
Barbosa, Hermes Dutra, Ignácio Neis, Jussara Cony, Mano José, Nilton Comin e
Rafael Santos. Votaram NÃO os Vereadores: Adão Eliseu, Antonio Hohlfeldt,
Aranha Filho, Cleom Guatimozim, Elói Guimarães, Ennio Terra, Jaques Machado,
Nei Lima, Nereu D’Ávila, Raul Casa, Teresinha Irigaray, Valdir Fraga, Wilton
Araújo, Flávio Coulon. Marcinho Medeiros, Eroni Carus e Lauro Hagemann.)
O SR. PRESIDENTE: A próxima Emenda é do Ver.
Clóvis Brum. No processo, era Emenda ao Substitutivo e ao Projeto, que se
coloca, neste momento como 02-A e que será posteriormente em Redação Final
alterada. (Lê a Emenda.)
Solicito ao Sr. Secretário que proceda à chamada nominal dos Srs.
Vereadores para a votação.
O SR. SECRETÁRIO: (Procede à chamada e colhe
os votos dos Srs. Vereadores.) Sr. Presidente, 13 Srs. Vereadores votaram SIM, 13 Srs. Vereadores votaram NÃO e 01 Sr. Vereador se absteve de
votar.
O SR. PRESIDENTE: REJEITADA a Emenda.
(Votaram SIM os Vereadores: Aranha Filho, Caio Lustosa, Clóvis Brum,
Frederico Barbosa, Hermes Dutra, Ignácio Neis, Jussara Cony, Lauro Hagemann,
Mano José, Nilton Comin, Rafael Santos, Marcinho Medeiros e Eroni Carus.
Votaram NÃO os Vereadores: Adão Eliseu, Antonio Hohlfeldt, Cleom Guatimozim,
Elói Guimarães, Ennio Terra, Jaques Machado, Nei Lima, Nereu D’Ávila, Raul
Casa, Teresinha Irigaray, Valdir Fraga, Wilton Araújo e Flávio Coulon.
ABSTEVE-SE de votar a Ver.ª Bernadete Vidal.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação a Emenda n.º 06,
de autoria do Ver. Hermes Dutra. Solicito ao Sr. Secretário que proceda à
chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação.
O SR. SECRETÁRIO: (Procede à chamada e colhe
os votos dos Srs. Vereadores .) Sr. Presidente, 10 Srs. Vereadores votaram SIM e 16 Srs. Vereadores votaram NÃO.
O SR. PRESIDENTE: REJEITADA a Emenda n.º 06 aposta ao
PLCE n.º 07/88.
(Votaram SIM os Vereadores: Caio Lustosa, Clóvis Brum, Frederico
Barbosa, Hermes Dutra, Ignácio Neis, Jussara Cony, Lauro Hagemann, Mano José,
Rafael Santos e Marcinho Medeiros. Votaram NÃO os Vereadores: Adão Eliseu,
Antonio Hohlfeldt, Aranha Filho, Bernadete Vidal, Cleom Guatimozim, Elói
Guimarães, Ennio Terra, Jaques Machado, Nei Lima, Nereu D’Ávila, Raul Casa,
Teresinha Irigaray, Valdir Fraga, Wilton Araújo, Flávio Coulon e Eroni Carus.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação a Emenda da
autoria do Ver. Clóvis Brum. Emenda ao Substitutivo e ao Projeto n.º 01-A.
Solicito ao Sr. Secretário que proceda à chamada nominal dos Srs.
Vereadores para votação.
O SR. SECRETÁRIO: (Procede à chamada e colhe
os votos dos Srs. Vereadores.) Sr. Presidente, 10 Srs. Vereadores votaram SIM, 14 Srs. Vereadores votaram NÃO e 03 Srs. Vereadores se abstiveram
de votar.
O SR. PRESIDENTE: REJEITADA a Emenda.
(Votaram SIM os Vereadores: Caio Lustosa, Clóvis Brum, Hermes Dutra,
Jussara Cony, Lauro Hagemann, Mano José, Nilton Comin, Rafael Santos, Marcinho
Medeiros e Eroni Carus. Votaram NÃO os Vereadores: Adão Eliseu, Antonio
Hohlfeldt, Cleom Guatimozim, Elói Guimarães, Ennio Terra, Gládis Mantelli,
Jaques Machado, Nei Lima, Nereu D’Ávila, Raul Casa, Teresinha Irigaray, Valdir
Fraga, Wilton Araújo e Flávio Coulon. ABSTIVERAM-SE de votar os Vereadores:
Aranha Filho, Bernadete Vidal e Ignácio Neis.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação a Emenda n.º8, de
autoria do Ver. Hermes Dutra. Solicito à Sr.ª 1.ª Secretária que proceda à
chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação.
A SRA. 1.ª SECRETÁRIA: (Procede à chamada e colhe
os votos dos Srs. Vereadores.) Sr. Presidente, 14 Srs. Vereadores votaram SIM e 12 Srs. Vereadores votaram NÃO.)
O SR. PRESIDENTE: REJEITADA a Emenda n.º 8 aposta ao
PLCE n.º 07/88.
(Votaram SIM os Vereadores: Antonio Hohlfeldt, Aranha Filho, Bernadete
Vidal, Caio Lustosa, Clóvis Brum, Gládis Mantelli, Hermes Dutra, Ignácio Neis,
Lauro Hagemann, Mano José, Nilton Comin, Rafael Santos, Marcinho Medeiros e
Eroni Carus. Votaram NÃO os Vereadores: Adão Eliseu, Cleom Guatimozim, Elói
Guimarães, Ennio Terra, Jaques Machado, Nei Lima, Nereu D’Ávila, Raul Casa,
Teresinha Irigaray, Valdir Fraga, Wilton Araújo e Flávio Coulon.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação a Emenda n.º 7,
de autoria do Ver. Hermes Dutra. Solicito à Sr.ª Secretária que proceda à
chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação.
A SRA. 1.ª SECRETÁRIA: (Procede à chamada e colhe
os votos dos Srs. Vereadores.) Sr. Presidente, 12 Srs. Vereadores votaram SIM, 14 Srs. Vereadores votaram NÃO e 1 Sr. Vereador se absteve de
votar.
O SR. PRESIDENTE: REJEITADA a Emenda n.º 7 aposta ao
PLCE n.º 07/88.
(Votaram SIM os Vereadores: Aranha Filho, Caio Lustosa, Clóvis Brum,
Gládis Mantelli, Hermes Dutra, Jussara Cony, Lauro Hagemann, Mano José, Nilton
Comin, Rafael Santos, Marcinho Medeiros e Eroni Carus. Votaram NÃO os
Vereadores: Adão Eliseu, Antonio Hohlfeldt, Cleom Guatimozim, Elói Guimarães,
Ennio Terra, Ignácio Neis, Jaques Machado, Nei Lima, Nereu D’Ávila, Raul Casa,
Teresinha Irigaray, Valdir Fraga, Wilton Araújo e Flávio Coulon. ABSTEVE-SE de
votar a Ver.ª Bernadete Vidal.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação a Emenda n.º 9,
de autoria do Ver. Hermes Dutra. Solicito à Sr.ª 1.ª Secretária para que
proceda à chamada nominal dos Srs. Vereadores.
A SRA. 1.ª SECRETÁRIA: (Procede à chamada e colhe
os votos dos Srs. Vereadores.) Sr. Presidente, 24 Srs. Vereadores votaram sim,
02 Srs. Vereadores votaram não e 01 Sr. Vereador se absteve de votar.
O SR. PRESIDENTE: APROVADA a Emenda n.º 9 ao PLCE n.º
07/88.
(Votaram SIM os Vereadores: Adão Eliseu, Antonio Hohlfeldt, Aranha
Filho, Bernadete Vidal, Caio Lustosa, Cleom Guatimozim, Clóvis Brum, Elói Guimarães,
Ennio Terra, Gládis Mantelli, Hermes Dutra, Ignácio Neis, Jaques Machado,
Jussara Cony, Lauro Hagemann, Mano José, Nilton Comin, Rafael Santos, Raul
Casa, Teresinha Irigaray, Valdir Fraga, Wilton Araújo, Marcinho Medeiros e
Eroni Carus. Votaram NÃO os Vereadores: Nereu D’Ávila e Flávio Coulon.
ABSTEVE-SE de votar o Sr. Vereador Nei Lima.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação a Emenda n.º 10,
de autoria do Ver. Antonio Hohlfeldt. Solicito à Sr.ª Secretária que proceda à
chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação.
A SRA. 1.ª SECRETÁRIA: (Procede à chamada e colhe
os votos dos Srs. Vereadores.) Sr. Presidente, ...
A SRA. JUSSARA CONY: Retificação de voto, Sr.
Presidente. Voto “não”.
O SR. CAIO LUSTOSA: Retificação de voto, Sr.
Presidente. Voto “não”.
A SRA. 1.ª SECRETÁRIA: Sr. Presidente, 21 Srs.
Vereadores votaram sim, 04 Srs. Vereadores votaram não e 01 Vereador se absteve
de votar.
O SR. PRESIDENTE: APROVADA a Emenda n.º 10 ao PLCE n.º
07/88. Solicito à Sr.ª Secretária que proceda à leitura da Declaração de Voto
dos Vereadores Flávio Coulon e Hermes Dutra.
“Declaração de Voto
Votei NÃO porque tenho a convicção de que o índice proposto será
prejudicial aos consumidores.
Sala de Sessões, 20 de julho de 1988.
(aa)Ver. Flávio Coulon,
Ver. Hermes
Dutra.”
(Votaram SIM os Vereadores Adão Eliseu, Antonio Hohlfeldt, Aranha
Filho, Bernadete Vidal, Cleom Guatimozim, Elói Guimarães, Ennio Terra, Gládis
Mantelli, Ignácio Neis, Jaques Machado, Lauro Hagemann, Mano José, Nei Lima,
Nereu D’Ávila, Nilton Comin, Rafael Santos, Raul Casa, Teresinha Irigaray,
Valdir Fraga, Wilton Araújo e Eroni Carus. Votaram NÃO os Vereadores: Caio
Lustosa, Hermes Dutra, Jussara Cony e Flávio Coulon. ABSTEVE-SE de votar o Sr.
Vereador Marcinho Medeiros.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação a Emenda n.º 11,
de autoria do Ver. Antonio Hohlfeldt. Solicito à Sr.ª Secretária que proceda à
chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação.
A SRA. 1.ª SECRETÁRIA: (Procede à chamada e colhe
os votos dos Srs. Vereadores.) Sr. Presidente, 22 Srs. Vereadores votaram sim,
02 Srs. Vereadores votaram não e 01 Sr. Vereador se absteve de votar.
O SR. PRESIDENTE: APROVADA a Emenda n.º 11 aposta ao
PLCE n.º 07/88.
(Votaram SIM os Srs. Vereadores: Adão Eliseu, Antonio Hohlfeldt, Aranha
Filho, Caio Lustosa, Cleom Guatimozim, Elói Guimarães, Ennio Terra, Gládis
Mantelli, Hermes Dutra, Ignácio Neis, Jaques Machado, Jussara Cony, Lauro
Hagemann, Mano José, Nei Lima, Nereu D’Ávila, Nilton Comin, Rafael Santos,
Teresinha Irigaray, Valdir Fraga, Wilton Araújo e Eroni Carus. Votaram NÃO os
Vereadores: Flávio Coulon e Marcinho Medeiros. ABSTEVE-SE de votar a Sr.ª Ver.ª
Bernadete Vidal.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação a Emenda de n.º
14, de autoria do Ver. Caio Lustosa. Solicito à Sr.ª Secretária que proceda à
chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação.
A SRA. 1.ª SECRTÁRIA: (Procede à chamada e colhe
os votos dos Srs. Vereadores.) Sr. Presidente, 20 Srs. Vereadores votaram SIM e 06 Srs. Vereadores votaram NÃO.
O SR. PRESIDENTE: APROVADA e Emenda n.º 14 aposta ao
PLCE n.º 07/88.
(Votaram SIM os Vereadores: Antonio Hohlfeldt, Aranha Filho, Bernadete
Vidal, Caio Lustosa, Cleom Guatimozim, Clóvis Brum, Elói Guimarães, Gládis
Mantelli, Hermes Dutra, Ignácio Neis, Jaques Machado, Jussara Cony, Lauro
Hagemann, Mano José, Nereu D’Ávila, Nilton Comin, Teresinha Irigaray, Wilton
Araújo, Marcinho Medeiros e Eroni Carus. Votaram NÃO os Vereadores: Adão Eliseu,
Ennio Terra, Nei Lima, Rafael Santos, Valdir Fraga e Flávio Coulon.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação a Emenda n.º 15
aposta ao PLCE n.º 07/88. Solicito à Sr.ª Secretária que proceda à chamada
nominal dos Srs. Vereadores.
A SRA. 1.ª SECRETÁRIA: (Procede à chamada e colhe
os votos dos Srs. Vereadores.) Sr. Presidente, 13 Srs. Vereadores votaram SIM e 13 Srs. Vereadores votaram NÃO.
O SR. PRESIDENTE: REJEITADA a Emenda n.º 15 aposta ao
PLCE n.º 07/88. Solicito à Sr.ª Secretária que proceda à leitura da Declaração
de Voto do Ver. Hermes Dutra, subscrito também pelo Ver. Flávio Coulon.
A SRA. 1.ª SECRETÁRIA: (Lê.)
“Declaração de Voto
Se até o Prefeito declara que a atual forma é ruim, não podemos
permitir que se cobrem o mês de julho com a fórmula antiga.
Sala de Sessões, 20 de julho de 1988
(aa)Ver.
Hermes Dutra,
Ver.
Flávio Coulon”
(Votaram SIM os Vereadores: Adão Eliseu, Antonio Hohlfeldt, Aranha
Filho, Bernadete Vidal, Cleom Guatimozim, Elói Guimarães, Ennio Terra, Jaques
Machado, Nei Lima, Rafael Santos, Teresinha Irigaray, Valdir Fraga e Wilton
Araújo. Votaram NÃO os Vereadores: Caio Lustosa, Clóvis Brum, Gládis Mantelli,
Hermes Dutra, Ignácio Neis, Jussara Cony, Lauro Hagemann, Mano José, Nereu
D’Ávila, Nilton Comin, Flávio Coulon, Marcinho Medeiros e Eroni Carus.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação a Emenda n.º 17,
de autoria do Ver. Antonio Hohlfeldt. Solicito a Sr.ª Secretária que proceda à
chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação.
A SRA. 1.ª SECRETÁRIA: (Procede a chamada e colhe os votos dos Srs.
Vereadores.) Sr. Presidente, 11 Srs. Vereadores votaram SIM, 13 Srs. Vereadores votaram NÃO e 02 Srs. Vereadores abstiveram-se de votar.
O SR. PRESIDENTE: REJEITADA a Emenda n.º 17 aposta ao
PLCE, n.º 07/88.
(Votaram SIM os Srs. Vereadores: Adão Eliseu, Antonio Hohlfeldt, Aranha
Filho, Cleom Guatimozim, Elói Guimarães, Ennio Terra, Jaques Machado, Nei Lima,
Nereu D’Ávila, Valdir Fraga e Wilton Araújo. Votaram NÃO os Vereadores: Caio
Lustosa, Clóvis Brum, Gládis Mantelli, Hermes Dutra, Ignácio Neis, Jorge
Goularte, Jussara Cony, Lauro Hagemann, Mano José, Nilton Comin, Rafael Santos,
Flávio Coulon e Eroni Carus. ABSTIVERAM-SE de votar os Vereadores: Bernadete
Vidal e Marcinho Medeiros.)
O SR. PRESIDENTE: A Mesa informa ao Plenário
que as Emendas de n.º 12 e 13 apostas ao PLCE n.º 07/88 ficaram prejudicadas.
(Resultado da votação das emendas apostas ao PLCE n.º 07/88- Proc. n.º
1304/88:
Emenda n.º |
SIM |
NÃO |
ABST. |
RESULTADO |
01 |
23 |
02 |
01 |
APROVADA |
02 |
22 |
02 |
01 |
APROVADA |
03 |
09 |
17 |
- |
REJEITADA |
04 |
10 |
14 |
- |
REJEITADA |
05 |
13 |
13 |
01 |
REJEITADA |
06 |
10 |
16 |
- |
REJEITADA |
07 |
12 |
14 |
01 |
REJEITADA |
08 |
14 |
12 |
- |
REJEITADA |
09 |
24 |
02 |
01 |
APROVADA |
10 |
21 |
04 |
01 |
APROVADA |
11 |
22 |
02 |
01 |
APROVADA |
12 |
PREJUDICADA |
|
||
13 |
PREJUDICADA |
|
||
14 |
20 |
06 |
- |
APROVADA |
15 |
13 |
13 |
- |
REJEITADA |
16 |
15 |
11 |
- |
REJEITADA |
17 |
11 |
13 |
02 |
REJEITADA) |
O SR. PRESIDENTE: Sobre a mesa Requerimento de
autoria do Ver. Cleom Guatimozim, solicitando seja o PLCE n. º 07/88 dispensado
de distribuição em avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a
aprovada nesta data.
Em votação.
O SR. RAFAEL SANTOS: Sr. Presidente, requeiro
votação nominal.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do
Ver. Rafael Santos. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO. A
votação será nominal.
O SR. CLEOM GUATIMOZIM: Eu retiro o Requerimento,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Cleom Guatimozim
apresenta um Requerimento de retirada do seu Requerimento que, assim, não será
votado. A retirada é um ato unilateral.
Ainda, na Ordem do Dia, a votação dos Processos n.ºs 1546, 1545 e 1547.
Solicito à Sr.ª Secretária que apregoe Emenda de autoria da Mesa.
A SRA. 1.ª SECRETÁRIA: (Lê.)
“Emenda
Inclua-se o art. 4º no PLL 115/88, renumerando-se os demais, com a
seguinte redação:
‘Art. 4º- Fica instituído o sistema de reajuste bimestral nos
vencimentos dos servidores da Câmara Municipal de Porto Alegre.’
Trata-se de estender aos funcionários desta Casa, o mesmo benefício
trazido com a Mensagem Retificativa ao PLE n.º 69/88.
(a)
Mesa”
O SR. PRESIDENTE: Solicito ao Sr. Secretário
que proceda à verificação de “quorum”.
O SR. 3.º SECRETÁRIO: (Procede à verificação de
“quorum”.) Vinte e nove Srs. Vereadores em Plenário. Há “quorum”, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE: Havendo “quorum” passaremos
à
Discussão Geral e Votação SECRETA - URGÊNCIA
PROC. 1546/88- PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO N.º 115/88, da Mesa, que reajusta os
vencimentos dos funcionários da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras
providências.
Obs.: Independe de Parecer (Art. 143, do R.I.)
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL n.º
115/88. Com a palavra o Ver. Flávio Coulon.
O SR. FLÁVIO COULON: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. Vou-me referir rapidamente ao Projeto que reajusta os vencimentos
dos funcionários, tanto do Executivo como do Legislativo, vou-me ater a alguns
detalhes que estou lendo na Mensagem Retificativa do Sr. Prefeito. Existe,
aqui, um período que diz o seguinte:
Em primeiro lugar esta redação não deixa claro quando diz: (Lê.) “...a
utilização da metade dos valores a serem aferidos nos ingressos tributários e
instituídos pela nova Constituição”.
Pergunto: utilização aonde? É de se sugerir e de se supor que é
assegurada a utilização da metade dos valores para efeitos de distribuição
desta metade em benefício dos servidores. Agora, não está clara nesta exposição
de motivos, nesta terminologia utilizada, que é em termos de salário para servidores.
Em segundo lugar, isso aqui está assegurado na carta, na mensagem, não
está no Projeto.
O Sr. Nereu D’Ávila: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Nobre Vereador, V. Exa. está lendo aquilo que foi o
resultado de uma reunião realizada hoje pela manhã e que positivamente houve
avanços, inclusive na proposta anterior do Sr. Prefeito que não foi aceita ou
pelo menos não chegou à finalização da Comissão que poderia na Secretaria da
Fazenda averiguar a real situação financeira do Município.
Então, parece-me que poder-se-á contar com o que já está assegurado na
Constituição de novos impostos, ou resíduos, ou contas que serão adicionados à
receita do Município de Porto Alegre para efeito de cálculo de como andam as
finanças. Creio, Vereador, que nunca houve, na história de Porto Alegre, um
avanço tão democrático em que se permitia, até por documento, a entrada, junto
aos cofres municipais, por parte dos funcionários para verem, tostão por
tostão, do que existe lá. Agora, se V. Exa. acha que isso deve ser incorporado
num Projeto de Lei, estranho, porque isso é um Protocolo de Intenções...
O SR. FLÁVIO COULON: O que entendi dessa
reunião, é que metade do que vai ser auferido, após a Constituição, de setembro
até dezembro, metade desse valor será redistribuído em termos de melhoria
salarial dos funcionários. Só que a redação disso não fica clara e que está na
Exposição de Motivos, e se refere apenas ao ano de 1988, com o que acha até
razoável, porque é um compromisso que o atual Governo assume com o
funcionalismo até Dezembro de 1988.
O Sr. Hermes Dutra: V. Exa. me permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Participei da reunião. Em primeiro lugar, só
para relembrar o Ver. Nereu D’Ávila, não é novidade esse tipo de comissão: o
Ver. Wilton Araújo participou de uma, no Governo João Dib, que fez um trabalho
igual, como resultante, um bom trabalho, como deveria, os municipários
conseguiram uma recomposição salarial de 30%. Em segundo lugar, aliás, 15% foi
dado no período Alceu Collares, que o Dr. João Dib não quis conceder o aumento,
sem antes consultar o Dr. Alceu Collares, é uma prática boa, mostrou que não dá
resultados. Efetivamente, é que há muitas dúvidas em relação à nova
Constituição. Em primeiro lugar, há interpretações, aliás, de que mesmo essa
quebra de anualidade que existe nas Disposições Transitórias para alguns dos
impostos, há quem interprete que precise de Lei Complementar. Admitindo que a
Constituição saia no dia 7 de setembro, a Legislação Complementar demoraria, no
mínimo, num período normal. Agora, V. Exa. imagine metade dos Constituintes,
sendo candidatos, a outra metade trabalhando com seus cabos eleitorais que são
candidatos nos municípios, até provável que essa Lei não saia, prejudicando a
idéia de vir um recurso ainda este ano. Em segundo lugar, admitindo que haja
aplicação imediata da Constituição sem a legislação complementar, que é a
interpretação da Secretaria da Fazenda, estes recursos, ali na ponta do lápis,
chagaram até 600 milhões de cruzados, o que daria um aumento substancioso para
o funcionalismo, porque o Prefeito Collares daria os aumentos normais
apregoados a estes, e não aconteceria o que V. Exa. temia, pois se refere
exclusivamente a recursos deste ano, até porque quanto ao FPM é vedado, por
exemplo, é vedado pagar funcionários que não sejam da área do ensino, enfim,
uma boa parte destes recursos tem destinação específica. Mas, neste ano, daria
para fazer o acerto.
O SR. FLÁVIO COULON: Vereador, em termos
objetivos não estou acreditando que, em termos concretos, vá resultar avanços
para os funcionários. Mas, respeito porque foi uma negociação, e uma negociação
feita até 31 de dezembro, dentro deste Governo, e talvez resulte em ganhos
efetivos. Já começo a imaginar o seguinte: sobraram 600 milhões, vai ser 600 divididos
por tantos funcionários? Ou aquele funcionário que ganha mais vai querer uma
parcela maior?
O Sr. Nereu D’Ávila: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) O aparte do Ver. Hermes Dutra foi a ratificação da
extraordinária colaboração que o Executivo deu, comprometendo verbas que não
tenham tempo, até de serem por Lei Ordinária, complementadas.
O SR. FLÁVIO COULON: Quero ver isto na prática
depois. A outra coisa que gostaria de deixar bem clara é que, a partir de
agora, fica sacramentado o sistema de reajuste bimestral ou bimensal. Em todo o
caso estou imaginando que é de dois em dois meses. Fica instituído o sistema de
reajustamento bimestral nos vencimentos dos servidos da administração
centralizada e autárquica do Município. Gostaria de fazer uma reflexão em cima
disto. Acho altamente louvável. Agora, quero deixar bem claro que esta
disposição vai-se transferir aos governos que vão suceder o Governo do PDT na
Prefeitura e que poderão Ter uma outra sistemática de tratamento da questão. Esse
é um compromisso assumido pelo Governo do PDT. No meu modo de entender deveria
cessar em dezembro de 1988 e não se transferir para o Governo seguinte. Poderá
vir um outro Governo que queira, por exemplo, fazer reajuste mensal.
O Sr. Marcinho Medeiros: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) O Vereador levantou a dúvida com relação de como
serão distribuídos entre os funcionários os recursos. Eu tenho a impressão de
que é igual para todos, a partir do vencimento que cada um ganha. Acho que é a
maior forma de fazer justiça dentro do funcionalismo.
O SR. FLÁVIO COULON: Não. Acho que seria o valor
dividido pelo número de funcionários. Se for percentual, Ver. Marcinho, os que
ganham mais são mais beneficiados dos que os que ganham menos. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. ARANHA FILHO (Questão
de Ordem):
Sr. Presidente, eu gostaria de chamar atenção de V. Exa. de que não foi esse o
projeto discutido pelo Ver. Flávio Coulon.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa já sabia, Vereador.
Encerrada a discussão. Estão suspensos os trabalhos por 10 minutos, para acordo
das Lideranças.
(Os trabalhos são suspensos às 20h43min.)
O SR. PRESIDENTE (Artur Zanella - às 21h02min): Estão reabertos os trabalhos da
presente Sessão e comunico que a Sessão está prorrogada por mais duas horas.
A Discussão Geral já foi encerrada para o Projeto de Lei do Legislativo
n.º 115/88, Proc. n.º 1546/88, da Mesa, que reajusta os vencimentos dos
funcionários da Câmara Municipal de dá outras Providências.
Estão abertos os encaminhamentos.
O SR. CLÓVIS BRUM (Questão
de Ordem):
No Projeto de aumento dos funcionários da Câmara se aditou também a
bimestralidade?
Sou grato aos dois Secretários que me acenam positivamente.
O SR. PRESIDENTE: E que independe de Parecer.
Com a palavra o Ver. Mano José.
O SR. MANO JOSÉ: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, rapidamente nós vamos colocar aqui que o nível 1, encaminhado pelo
Sr. Prefeito, é de Cz$ 12278,30. Evidentemente que alguns dirão se este piso
será considerado como salário, mais horas extras, mais abono especial, mais
vale refeição, que é muito usual. Mas uma coisa deve ser dita, é que este piso
vai prejudicar o funcionário no cálculo das horas extras do funcionário e,
também, quando o funcionário deixar a pensão para a sua viúva estes elementos
não entrarão na pensão. A pensão será calculada de outra forma, sobre o
vencimento do funcionário. Por isso é que nós não entendemos, como é que o
Executivo mandou para cá o nível 1 com o piso abaixo do piso nacional de
salário que seria Cz$ 12444,00 e veio Cz$ 12278,30. Poderão até dizer que a
diferença é pequena. A diferença é pequena para quem ganha bem, mas, para quem
ganha um piso de Cz$ 12444,00 é uma diferença que faz falta a todos os
funcionários do nível 1. Então, os contratados regidos pela CLT terão
naturalmente um salário superior ao salário do nível 1, do pessoal do quadro
dos funcionários municipais. É um detalhe que eu espero que o Sr. Prefeito
possa corrigir, aumentando um pouco o nível 1, passando então a igualá-lo, pelo
menos, ao PNS- Piso Nacional de Salários. Era apenas isto que queria colocar.
Quanto ao resto, não compete mais falar, nem dá mais para falar e nem adianta
mais falar, porque tudo aquilo que o Sr. Prefeito disse na sua campanha
eleitoral não cumpriu. Isto todo mundo sabe. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrado o espaço para
encaminhamento. Em votação o PLL n.º 115/88. Convido os Vereadores Ennio Terra
e Jaques Machado para escrutinadores, tendo em vista que a votação é secreta.
Solicito ao Sr. 3.º Secretário que proceda à chamada nominal dos Srs.
Vereadores para a votação.
O SR. 3.º SECRETÁRIO: (Procede à chamada nominal
dos Srs. Vereadores.) Votaram 29 Srs. Vereadores, Sr. Presidente.
(É procedida a escrutinação: 29 votos SIM.)
O SR. PRESIDENTE: APROVADO o PLL n.º 115/88.
Em votação a Emenda aposta ao PLL n.º 115/88 , a qual deu entrada na
Mesa, no decorrer desta Sessão.
Solicito ao Sr. 3.º Secretário que proceda à chamada nominal dos Srs.
Vereadores para a votação.
O SR. 3.º SECRETÁRIO: (Procede à chamada nominal
dos Srs. Vereadores.) Votaram 29 Srs. Vereadores, Sr. Presidente.
(É procedida a escrutinação: 29 votos SIM.)
O SR. PRESIDENTE: APROVADA a Emenda aposta ao PLL n.º 115/88.
(Votaram os Srs. Vereadores: Adão Eliseu, Antonio Hohlfeldt, Aranha
Filho, Artur Zanella, Bernadete Vidal, Caio Lustosa, Cleom Guatimozim, Clóvis
Brum, Elói Guimarães, Ennio Terra, Frederico Barbosa, Gládis Mantelli, Hermes
Dutra, Jaques Machado, Jorge Goularte, Jussara Cony, Lauro Hagemann, Mano José,
Nei Lima, Nereu D’Ávila, Nilton Comin, Rafael Santos, Raul Casa, Teresinha
Irigaray, Valdir Fraga, Wilton Araújo, Flávio Coulon, Marcinho Medeiros e Eroni
Carus.)
PROC. 1545/88-
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 69/88, que reajusta os vencimentos dos funcionários da
Administração Centralizada e Autárquica do Município e dá outras providências.
Parecer Conjunto
- das Comissões
de Justiça e Redação, de Finanças e Orçamento, e de Urbanização, Transportes e
Habitação. Relator Geral, Ver. Cleom Guatimozim: pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE n.º
69/88. (Pausa.) Em votação. Para encaminhar, com a palavra o Ver. Caio Lustosa,
por cinco minutos, sem apartes, pelo PSDB.
O SR. CAIO LUSTOSA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, bem como Srs. funcionários que aqui estão até esta hora: “onde está
o dinheiro?” “Onde está o dinheiro?” É o que indagava, nos dias que precederam
a Revolução de 30, o célebre –político nordestino José Américo de Almeida.
É certamente o que hoje, ao saberem que apenas 35% e não mais do que
35%, será a reposição diante de uma corrosão de salários de 139%, a pergunta
que também se fazem os funcionários do Município de Porto Alegre, desta Casa,
por igual.
Hoje, pela manhã, as lideranças desta Casa, num esforço, que se sabe em
vão, de conseguir um melhor tratamento das condições salariais dos
municipários, estivemos com o Sr. Prefeito. Se é que conseguimos algo, isso
está contido na Mensagem Retificativa que chegou a essa Casa. apenas a
expectativa de que o ganho auferido da Reforma Tributária, que se acena ao
final da Constituinte, possa o funcionalismo receber uns 50% dessa verba que
virá da redistribuição tributária. De modo que não foi grande a conquista das
lideranças desta Casa. num esforço louvável, de intermediar a luta que AMPA,
travada por tratamento condigno de salários para o funcionalismo. Mas,
Senhores, Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Srs. Funcionários que aqui estão
até esta hora, acho que não se esgota o nosso trabalho, e evidentemente não se
esgota a luta dos municipários nesta fase, e cabe, através, inclusive, desta
Comissão, e no Brasil se fazem Comissões muitas vezes para apenas protelar e
dar uma solução falaciosa aos problemas, mas esperamos que esta Comissão possa
ir lá para dentro da Fazenda Municipal e ver a receita real e as despesas reais
e como são aplicados os recursos públicos deste Município. E me lembro que numa
Comissão Especial nesta Casa se procurou saber a verba de publicidade gasta
pelo Município e até agora não se logrou resposta. Nem sequer a Presidência
desta Casa soube oficiar ao Executivo. Será que fica tão longe o Executivo, tão
inatingível, que a diligência de uma Comissão Especial não possa ter sido
cumprida, para saber-se o quanto se gastou com um só projeto? Um projeto
faraônico. Porto Alegre está à míngua de recursos. Porto Alegre está falida. E
um aumento maior de 35% propiciará a quebra do erário. Mas, os Projetos
faraônicos estão aí. E ainda hoje mesmo, se alguém consultar a “Zero Hora” verá
o Secretário Políbio Braga, da Secretaria de Indústria e Comércio do Município,
está acenando com um projeto faraônico, onde só de infra-estrutura o Município
terá que investir 3 milhões de dólares. Convertam isto nos magros cruzados que
hoje vão faltar ao funcionalismo e ver-se-á que este investimento,
pretensamente para o desenvolvimento e progresso da Cidade, implica dar toda
esta infra-estrutura, mais os terrenos adquiridos das Máquinas Condor, lá na
Lomba do Pinheiro, com prazo de 10 anos de carência, a juros de 6%, e outras
regalias mais. Ah, isto tem.
V. Exa., Ver. Nei Lima, V. Exa. bate na mesa porque não gosta de ouvir,
porque isto tem relação com os minguados salários que este Município está
propiciando ao funcionalismo. E isto incomoda a Bancada do PDT. De modo, Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, que não nos resta outro recurso senão encaminhar
favoravelmente a este esmola salarial que se propicia ao funcionalismo do
Município.
A Bancada do PSDB coloca aqui o seu posicionamento, certo de que a luta
dos funcionários não vai se esgotar nesta noite, muito menos na Comissão que
estará se estruturando a partir de hoje.
Eu lamento ter contrariado os desígnios as ilusões de alguns que ainda
acreditam no socialismo moreno, que infelizmente frustra as esperanças do
funcionalismo, como frustra a esperança da coletividade de Porto Alegre. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: A Verª Jussara Cony está
inscrita, V. Exa. tem 5 minutos, sem apartes.
A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, as Lideranças dos funcionários estiveram presentes na Casa à
reunião de hoje pela manhã, com as Lideranças, o Sr. Prefeito Municipal e o seu
Secretariado. O modo como esta Casa foi recebida foi comentado pelo Presidente,
no nosso entendimento, deve fazer parte sempre, de qualquer detentor de cargo
máximo do Executivo, perante o Legislativo, inclusive aos seus funcionários.
Mas, especificamente, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, no caso de Porto
Alegre, o Legislativo, em momentos cruciais, como ocorreu a semanas atrás, tem
respaldado o poder Executivo, levando o seu apoio político no episódio ocorrido
entre o Governo do Estado e o Município de Porto Alegre. Estamos discutindo
aqui o Projeto do Executivo de reposição salarial de apenas 35% ao
funcionalismo municipal. A análise dos DIEESE, trazida a esta Tribuna pelo Ver.
Antonio Hohlfeldt sobre evolução e perdas salariais dos servidores do Município
de Porto Alegre, nos diz que o reajuste necessário para poder repor o poder de
compra dos funcionários em 1.º de julho de 1988, referente a 1.º de janeiro de
1986, é 139,06%. A mensagem do Sr. Prefeito é 35%. Já em 1.º de Julho temos uma
defasagem de 104%. Hoje, dia 20, com a inflação galopante que assola este País,
naturalmente é maior esta defasagem. Além do que seria necessária para repor
maio e junho 42%. 42 menos 35 já dá uma defasagem de menos 7% que, somado ao
139, dá uma defasagem de 146%. Ou seja, cada dia que passa o funcionalismo do
Município está perdendo o seu poder de compra. No nosso entender é uma questão
de sobrevivência. É poder de sobreviver. É importante que fique registrado nos
Anais da Casa que o piso salarial do funcionalismo do Município de Porto Alegre
está abaixo do piso salarial. O do Município é 12278 e o nacional é 12444. A
crise da questão salarial do trabalhador brasileiro está diretamente ligada à
crise de estrutura que vive a sociedade que vivemos, a sociedade capitalista.
Mais que isto: os compromissos que têm os Governantes desse País, iniciando
pelo Palácio do Planalto, com o Governo ilegítimo, submisso de José Sarney,
passando pelo Governo do Estado e chegando ao Município de Porto Alegre que
assume o arrocha salarial imposto pelo Fundo Monetário Internacional para pagar
juros de dívidas e dívida externa, para beneficiar oligarquias e banqueiros
nacionais e internacionais. Esses são os compromissos dos governos que estão
aí. Uma decisão sobre política salarial do Município de Porto Alegre, na
administração Alceu Collares, não há dúvida que teria que ser política, ligada
às prioridades que a administração da Prefeitura elegeu em seu Governo e em
cuja lista não consta o funcionalismo como um todo. Onde está um plano de
carreira global para os funcionários do Município de que tantas vezes fez parte
do discurso do Sr. Prefeito Municipal? Pelo contrário, temos tido é planos por
categorias e cargos, dividindo, inclusive, a luta do funcionalismo público.
Hoje teremos, aqui, no mínimo que garantir o acordo que conseguimos extrair da
reunião com o Sr. Prefeito. Um acordo que inclui a Mensagem Retificativa da
bimestralidade, a garantia, a Comissão de Negociação Partidária, de quatro
membros do Executivo, quatro membros do Legislativo e quatro membros designados
pela AMPA, com o objetivo de analisar a situação do funcionalismo do Município,
buscando melhorar as condições salariais, incluindo a garantia da utilização de
50% dos valores auferidos decorrentes da Reforma Tributária.
A Comissão é uma Comissão política, não é apenas para ver se o
Município pode ou não pode dar, mas para buscar as alternativas no sentido de
repor o mais rápido possível as perdas salariais dos funcionários do Município.
Agora, não podemos abrir mão, e isso tem que ser um compromisso de tribuna das
lideranças desta Casa, do funcionamento hábil desta Comissão partidária. Cremos
que esta Comissão tem que ser agilizada a partir de agora no sentido de buscar,
mais substancialmente do que esta mensagem de 35% que teremos que aprovar,
hoje, sob pena de os funcionários ficarem sem este mínimo que, por certo, não
vai resolver os seus problemas se sobrevivência.
Finalizando, a unidade e a luta dos funcionários, entre si, através da
sua Entidade e com esta Câmara Municipal será decisiva para os embates que por
certo nós teremos pela frente para resgatar a dignidade funcional dos
servidores do Município que, possivelmente, não será resgatada no atual mandato
do Sr. Prefeito Municipal. Muito obrigado.
(Não revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Clóvis
Brum.
O SR. CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, eu vou ser calmo. De que maneira eu posso ser nervoso nesta
Tribuna, quando cerca de 5 mil funcionários celetistas da Prefeitura só
receberão a majoração salarial depois de terem trabalhado em termos de horas
extras e este recebimento só virá em fins de agosto? De que adianta eu ficar
nervoso, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, quando o Prefeito manda para esta
Casa, e nós temos que votar, um reajuste, uma reposição salarial que ainda fica
aquém do Piso Nacional de Salários? E mais: hoje, já está aquém. E amanhã, ou
depois de amanhã, ou daqui a uma semana, quando forem decretados os novos
índices do Piso Nacional de Salários, que deverá beirar os 15, 16 mil cruzados,
o nosso funcionário municipal continuará ganhando 12 mil. O silêncio de morte
da Bancada do PDT é incontestável! A Liderança do PDT se volta com uma fúria
total. Perdoa que o Prefeito mande para esta Casa um reajuste que deixa o
funcionário municipal aquém do Piso Nacional de Salários. A diferença, hoje, é
mais de 200 cruzados. Não irá a uma semana, e esta diferença deverá ser da ordem
de 3 ou 4 mil cruzados. Mas, para quem ganha um salário de 12 mil cruzados,
esta é uma diferença substancial. Eu acho, Sr. Presidente e Srs. Vereadores,
que, efetivamente, nós saímos hoje, desta Casa, derrotados. Pelo cansaço, por
algumas incompreensões, por alguns desavisos, por alguns desatinos e,
fundamentalmente, por um aumento que poderia ter sido melhor, rigorosamente
poderia ter sido melhor, principalmente para os níveis mais baixos, que são
aqueles que trabalham no trabalho mais pesado. Mas, infelizmente, temos que
botar o que sobrou. E o que sobrou para os funcionários foi isto aí que está
aí, 35%. Isto é o que sobrou. Oxalá, possamos, através desta Comissão que vai
ser instituída aí com a presença de funcionários, Vereadores, técnicos,
Secretários do Executivo, melhorar esta perda salarial incontrolável. Eu diria,
para finalizar, é uma tarde melancólica. Ninguém sai contente. Nem os próprios
Vereadores do PDT saem contente. Tenho certeza que se dependesse da Bancada do
PDT este aumento seria melhor. Ninguém de sã consciência pode admitir que o
aumento proposto de 35%, numa defasagem que vai a quase 140%, esta reposição
até de condições mínimas de sobrevivência com dignidade. Eu acho que o
funcionário municipal trabalha, é zeloso e merece viver com um pouco de
dignidade. Ninguém que está passando privações pode viver com dignidade. O
funcionalismo municipal de Porto Alegre está realmente sobrevivendo de uma
maneira subumana e esperamos que a Bancada do PDT, diligentemente, possa
sensibilizar o Prefeito a que, no mínimo, na semana que vem, ou no começo do
mês que vem possa equiparar o salário dos funcionários com o Piso Nacional dos
Salários.
Finalizo, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, na certeza de que votamos
hoje uma matéria- pelo semblante dos Srs. Vereadores- de maneira melancólica.
Sou grato. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encaminha, pelo PDT, o Ver.
Nei Lima.
O SR. NEI LIMA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. A situação é calamitosa. Houve no passado partidos políticos nesta
Casa que defenderam intransigentemente a falta de democracia. Hoje o que se vê?
Aliam-se direita e esquerda com um único propósito político de prejudicar um
Governo que vai bem, na opinião pública, que vem trabalhando para sua Cidade
com grande ênfase, cumprindo as promessas de campanha. Já havia dito aqui que
lamento muito essa forma de reajustamento. O ideal seria um Plano de carreira
que objetivasse com clareza e profundidade o ganho do funcionário público
municipal. Mas o que vemos? A nível nacional é aquele escândalo- roubos,
falcatruas e o nosso dinheiro está lá também.- Aqueles que ontem enganavam o
povo no PMDB, e aqui visualizo muitos, quando a canoa começou a fazer água,
bandearam-se, foram para outro partido, não mantiveram a coerência política de
segurar uma peteca que estava caindo. Começou o barco a fazer água,
agarraram-se à primeira bóia que apareceu. São tantos! O PMDB tinha onze
Vereadores nesta Casa. Hoje não defendem mais Sarney. Sarney que eles colocaram
lá pelo voto indireto. PCB, PC do B, PSDB. Todos esses estiveram aliados a esse
plano econômico que mata o Brasil. Todavia, faço uma distinção: ao PT que junto
ao PDT tem sido coerente a nível nacional.
Não me interessa a aliança e não me interessa porque a verdade tem que
ser dita e o discurso é um e a prática é outra bem diferente: discursaram,
estiveram nos palanques, arriaram as bandeiras das Diretas Já e foram lá votar
no seu “Sarneyzinho”. É lamentável mas é o homem que fez a política econômica
do PMDB: O Ver. Clóvis Brum, veio a esta e não defendeu seus antigos
correligionários que malharam o seu Governo e disseram horrores, mas vem aqui
tentar fazer uma certa futrica com os Vereadores, o que é lamentável.
Nós, sinceramente, queremos dizer que gostaríamos de que houvesse
reajuste salariais à altura do funcionalismo público municipal, funcionalismo
este que nós conhecemos pois trabalhamos com ele, a quem temos o maior respeito
do mundo e admiração profunda. Queremos dizer a todos aqui, que nos ouvem que a
nossa vontade é muito maior e que o nosso desejo era de que não houvesse sequer
reajustamentos, que tivéssemos uma política econômica estável, que pudéssemos
ter condições de pagar nosso ônibus, nossa comida com o nosso próprio ordenado,
mas, lamentavelmente, isso não ocorre, porque ao sairmos daqui, hoje, desta
Convocação, amanhã teremos outro aumento de combustível o que, por sua vez,
acarretará um turbilhão: aumenta pão, transporte e tudo aquilo que é essencial
para a vida do trabalhador e não poderíamos dizer que realmente vamos votar,
pela aprovação dos 35%, mas vamos, junto com a nossa Bancada ao Sr. Prefeito
para solicitar um empenho maior para que a arrecadação do Município possa
desenvolver um padrão de vida que o funcionalismo municipal merece e que exige.
Esta é a nossa posição.
Gostaríamos de que o Brasil de amanhã, o Brasil que não terá mais
Sarney, o Estado que não terá mais Simon que por incrível que pareça, há muito
tempo não dá aumento...
O Sr. Eroni Carus: Nem terá mais Collares
também.
O SR. NEI LIMA: V. Exa. breve mudará de
Partido, Ver. Carus.
Quero dizer que a nós, para os tucanos do PMDB que pularam para esse
barco, não nos preocupam, no dia de hoje, projetos imobiliários. A nós,
interessa a votação do Projeto do funcionalismo e V. Exa. sabe muito bem. V.
Exa. manipula muito bem esses dados e convive com tudo isso. V. Exa. deve estar
meio que engendrado nestas artimanhas aí.
Então, para que isto ocorra, nós votaremos sim e, lamentavelmente, não
podendo dar muito mais, aquilo que realmente o funcionalismo público municipal
merece. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encaminha, pelo PT, o Ver.
Antonio Hohlfeldt, cinco minutos com V. Exa., sem apartes.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Srs. Funcionários Municipais, especialmente os da Casa, se muitos
de nós e eu especialmente pudéssemos votar apenas, segundo a emoção ou segundo
uma vontade específica individual, certamente faríamos aquilo de que muitas
vezes somos acusados: radicalizaríamos, votaríamos contra, manteríamos bloqueio
de votação de projetos, por aí a fora. No entanto, há bem ou mal uma
responsabilidade política e embora muitas vezes já tenhamos sido chamados de
“vereadorezinhos”, creio que nossa posição tem sido sempre de seriedade e um
mínimo de coerência, inclusive para atacar e denunciar, quando assim
entendermos que deva ser feito, mas também para buscar a composição quando
existe um interesse maior a vigorar. Daí o esforço e o voto, hoje, que nós
devemos dar a este projeto. Um voto sob protesto, sem dúvida nenhuma, porque,
eu gostaria de poder, realmente, Ter um índice bem superior a esse. Mas na
medida em que temos dialogado com os companheiros da Direção da AMPA e os
companheiros municipários, de um modo geral, não apenas na hora da votação de
projetos semelhantes, mas a cada projeto que envolva o funcionalismo, temos
consultado, temos buscado saber a opinião. Devemos manter esta posição de
tentar pensar um pouco mais longe que a situação imediata, se é que vai dar
tempo para fazes isso.
Outro dia o Ver. Nei Lima, no encaminhamento de um Projeto, se filiava
a uma denúncia que fazíamos há bastante tempo, de que a política atual é uma
política de salário baixo com um monte de penduricalho. Para minha alegria e
até surpresa, o Ver. Nei Lima, e quero até cumprimentá-lo por isso porque não
tive oportunidade de fazê-lo antes, pois V. Exa. dizia, exatamente, até como
Vereador de Oposição, aquilo que tínhamos dito em várias ocasiões. Realmente o
ideal é fazermos uma política de salário real e não de penduricalho, como é
hoje, é o penduricalho do vale transporte, é o do vale- refeição, do abono,
disso e daquilo e ficam todos dependendo de uma eventual boa vontade. Realmente
é interessante que tivéssemos hoje uma reposição muito superior aos 35% para
diminuir os penduricalhos. Eu queria resgatar isso, Ver. Nei Lima, até em
homenagem em V. Exa. Curioso é que quando dissemos isso aqui fomos taxados de
um monte de coisa, recebemos uma série de agressões do Executivo. Mas realmente
esta é a posição correta, porque o trabalhador merece salário, não merece
favor, que o penduricalho normalmente significa. Queria resgatar essa
discussão, que deve nortear a formação desse grupo de trabalho. Da parte do
secretariado, da parte da Casa e da parte dos companheiros municipais. Fiquei
satisfeito de ouvir isso do Ver. Nei Lima também, e não foi uma coisa
combinada, foi uma coisa muito natural do Ver. Nei Lima.
Então, neste sentido, encaminhamos a favor, porque é a opção que temos
e esperamos que esta luta, quem sabe lá, até 15 de novembro consiga chegar ao
seu objetivo. Quem sabe lá, antes de 15 de novembro nós consigamos descobrir,
enfim, a verba necessária para reposição e desde já quero deixar claro que
mesmo sabendo do jogo, que é tradicional na política brasileira nessas épocas,
eu quero dizer que vamos votar também favorável porque entendemos que há um
amadurecimento da classe para distinguir o jogo político e o direito, a
necessidade que todos têm de receber esta reposição. Não será por isso que
vamos impedi-la, caso seja enviada a este Legislativo. Torcemos, até, para que
isso ocorra, sem dúvida, é melhor que se estivermos empacado isso tudo a
enfrentar aqueles desafios, por exemplo, que os nossos companheiros da
Prefeitura de Fortaleza tiveram de enfrentar, salários tão atrasados e tão
rebaixados que o próprio Executivo se viu forçado a apoiar um movimento
paredista até para sensibilizar as autoridades estaduais e federais, para que
se fizessem os repasses necessários, num bloqueio, aliás, vamos registrar,
também tem ocorrido, sim, em relação à Administração Alceu Collares. Essa
denúncia do Prefeito é correta. O que temos de cobrar, no entanto, talvez seja
uma objetividade maior no uso do dinheiro público, buscando exatamente azeitar
a máquina: a máquina só vai andar fundamentalmente quando o funcionário estiver
satisfeito com o seu salário. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com palavra, para
encaminhar, pelo PL, o Ver. Jorge Goularte.
O SR. JORGE GOULARTE: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, em respeito a todos presentes, aos colegas e funcionários, só trago
a posição do PL e minha pessoal de que a luta permanece, apenas uma pequena
trégua na batalha.
Nós vamos continuar unidos em defesa do funcionalismo municipal. É um
encaminhamento de menos de meio minuto em respeito, repito, ao cansaço de
todos, em especial dos funcionários, e também em respeito aos funcionários do
Município que aqui estão. Queríamos avançar, conseguimos avançar, não foi o
ideal, mas o possível. Vamos continuar unidos, porque assim poderemos chegar à
posição ideal. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Inscreve-se o Ver. Hermes
Dutra. S. Exa. tem cinco minutos para encaminhar, pelo PDS, sem apartes.
O SR. HERMES DUTRA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores,
eu ouvi atentamente a todos os Srs. Vereadores que me antecederam. Fiquei a
matutar na minha Bancada sobre as coisas que falaram aqui. Fiquei a imaginar, o
funcionário público municipal, que vai ganhar, com esse aumento, dentro de dez
dias, menos de dois mil cruzados, no mínimo, do que o piso nacional dos
salários, chagar em casa, pegar a sua esposa, seus três filhos e reuni-los numa
mesa, se é que tem mesa, e dizer: o Prefeito gostaria de dar um aumento maior,
mais a coisa está apertada, sabem como é, o Sarney, o Pedro Simon. Mas, que
brilhante explicação do funcionário público dar em casa. a esposa e os filhos
vão agradecer penhoradamente uma explicação desta ordem. Eu, efetivamente, não
sei se foi o dia, que foi trabalhoso, cansativo, um dia que os fosfatos
diminui, talvez seja o meu caso, não consegui entender. Pois, a grande verdade,
o que foi dito aqui, é que tem que assumir as questões. Fui Governo durante
três anos, fiquei aqui levando ferro de tudo que é lado, e defendendo, junto
com a Bancada unida e coesa o que o Executivo fazia. Mas, diga-se de passagem,
fazia mais, pois lembram, quando o Dib estava lá o básico era bem maior do que
agora. Sem contar que o Piso Nacional de Salários, dito atual, de 50 dólares,
na época era bem maior, mas, não gosto nem de comentar, pois me chamariam de
saudosista, o Dib era nomeado. Mas, tenho sempre dito que isto é o preço da
democracia, é a taxa democrática que o funcionário paga, eleger o Prefeito e
Ter um achatamento salarial.
Agora o que se tem que terminar é com este discurso dissociado da
prática, vou me associar ao Ver. Nei Lima que foi enfático: “dizem uma coisa e
fazem outra”. Foi exatamente isto. Na verdade, o funcionário público municipal
de Porto Alegre cresce o seu nível de vida como cola de cavalo, para baixo,
quanto mais cresce mais perto do chão fica. Pois a política do atual Executivo
municipal tem sido de achatamento. Esta é uma realidade dura, triste,
politicamente indefensável. Mas, é o que se sente no dia a dia. Acho que se o
funcionário público municipal chagar em casa, reunir sua esposa, seus filhos ao
redor da mesa e dizer: se mais não vem para se comer este mês é por causa do
Simon, do Sarney, etc. Talvez o seu filho, pequenino, inocente ainda pergunte:
e o Dr. Collares não tem nada que ver com isso? Talvez pergunte, talvez não.
Talvez até aceite a explicação e, saia a xingar o Sr. Pedro Simon e o Sr.
Sarney, que diga-se de passagem, teve os votos do PDT quando foi para lá.
Por isso tudo, eu acho que os funcionários público municipais não tem
motivo nenhum, nos últimos 2 anos, para se alegrar. E, aqui não se trata de
saudosismo, trata-se de ver a realidade como ela é. O que ganharam, o que
conquistaram à mercê do seu esforço e de sua luta, foi por água a baixo, como
correm as coisas quando a chuva vem de mais, e os esgotos entupidos de Porto
Alegre não dão conta. Perderam, foi-se, e hoje vive-se de penduricalho. Aliás,
penduricalhos que servem, na verdade, como um véu para esconder alguma coisa
mas o véu não esconde, ao contrário, chama atenção. Esconde daquele que faz que
não vê, esse sim nem precisa de véu para esse as coisas estão às mil
maravilhas.
Acho que o Sr. Prefeito Municipal, desenvolve uma política, no
Município, pesada contra o funcionalismo público municipal. Isso é uma
realidade inconteste. Agora, é uma questão de opção, se S. Exa. prefere, ao
invés de dar um aumento um pouquinho melhor para o funcionário, uns
quarentinhas, prefere fazer outras coisas, é uma questão de opção. Eu não
concordo, mas até respeito, mas o que eu não aceito é que se venha enrolar com
essa opção dos 35. Tem que ser assumido, tem que ser homem e assumir, agüentar
o tirão. Isso é que eu acho que o funcionário municipal exige. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, para encaminhar,
o Ver. Lauro Hagemann, pelo PCB.
O SR. LAURO HAGEMANN: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, toda vez que se discute reposição salarial, nesta Casa, se ouvem os
mesmos argumentos e a mesma peroração em torno dos baixos índices com que se
tenta aquinhorar a defasagem salarial dos funcionários municipais.
Mas, Srs. Vereadores, eu vejo a coisa mais profundamente. Enquanto não
se mudar a visão capitalista da instituição estatal brasileira que trata os
trabalhadores em geral e nisto se inclui os funcionários municipais, estaduais
e federais- como meros instrumentos de uma política que visa, em primeiro lugar
ao capital, deixando o trabalho como fator secundário, priorizando o dinheiro,
ao invés do trabalho. Enquanto não se mudar essa visão, estaremos todos
clamando por estas migalhas com que nos acenam Governos Federais, Estaduais e
Municipais e o Patronato em geral. O arrocho salarial é uma evidência de alto a
baixo e, no meu entendimento, decorre dessa visão caolha que tem a burguesia
brasileira e conseqüentemente o Estado Brasileiro como instituição do que
significa o trabalho numa sociedade. Por isso, Srs. Vereadores, a esta Casa não
resta outra alternativa senão aprovar o aumento de 35% que todos reconhecemos
insuficientes para recompor as perdas salariais que vêm se acumulando ao longo
do tempo. Aos funcionários municipais eu gostaria de dizer o que já disse há
pouco, na Sala da Presidência: que não se desmobilize, porque só através da
unidade dos funcionários em torno da sua entidade é que estas coisas,
paulatinamente, poderão ser superadas. E esta Casa tem procurado se reservar a
um papel de mediadora todas as vezes em que acontecem esses impasses. É neste
sentido que nós não podemos dizer outra coisa senão que se aprove esse projeto
de aumento, porque se não for aprovado este, nem esta migalha será alcançada. É
lamentável que isto aconteça, mas é preciso que a classe se conscientize de que
é necessário continuar lutando e não esmorecer nesta luta. Por isso, aprovemos
esse projeto. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrados os
encaminhamentos, alerto aos Srs. Vereadores que esta Sessão está prorrogada até
as 22h 48min. Nós temos, ainda a votar, ao final, quatro Requerimentos, dos
quais eu não preciso ressaltar a importância, porque, se os mesmo não forem
votados e aprovados, este aumento que está sendo votado no dia de hoje não tem
condições de encaminhamento na folha do mês de julho. E também temos um outro
Requerimento que trata de questões de cobrança da taxa de água. Temos que votar
igualmente a Comissão Representativa, tendo em vista que o PDT alterou quatro
dos seus componentes e o PDS altera um. E tudo isso temos que votar ainda hoje.
Em votação.
Solicito ao Sr. 3.º Secretário que proceda à chamada nominal para a Votação
Secreta.
(O Sr. 3.º Secretário procede à chamada nominal para a Votação
Secreta.)
O SR. 3.º SECRETÁRIO: Votaram 29 Vereadores, Sr.
Presidente.
(É procedida a escrutinação: 29 votos SIM.)
O SR. PRESIDENTE: APROVADO o PLE n.º 69/88, com a Mensagem Retificativa.
(Votaram os Srs. Vereadores: Adão Eliseu, Antonio Hohlfeldt, Aranha
Filho, Artur Zanella, Bernadete Vidal, Caio Lustosa, Cleom Guatimozim, Clóvis
Brum, Elói Guimarães, Ennio Terra, Frederico Barbosa, Gládis Mantelli, Hermes
Dutra, Jaques Machado, Jorge Goularte, Jussara Cony, Lauro Hagemann, Mano José,
Nei Lima, Nereu D’Ávila, Nilton Comin, Rafael Santos, Raul Casa, Teresinha
Irigaray, Valdir Fraga, Wilton Araújo, Flávio Coulon, Marcinho Medeiros e Eroni
Carus.)
PROC. 1547/88- PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.º
13/88, da
Mesa, que atualiza o subsídio do Prefeito Municipal de Porto Alegre e dá outras
providências.
Obs.: Independe de Parecer (Art.
143 do R.I.)
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PDL n.º
13/88. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Sobre a mesa Requerimento de autoria do Ver. Cleom Guatimozim,
solicitando seja o PDL n.º 13/88 dispensado de distribuição em avulsos e interstício
para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data.
Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
O SR. PRESIDENTE: Em votação os integrantes
da 6.ª Comissão Representativa. A votação é secreta. As chapas se encontram na
cabine indevassável. Com a saída de alguns Vereadores do PDT, é necessária sua
alteração. É necessário também que o Ver. Mano José integre a Comissão
Representativa por ser integrante da Mesa.
(É feito o escrutínio.)
Votaram 28 Srs. Vereadores.
Declaramos eleitos os novos integrantes da 6.ª Comissão Representativa,
ficando como Titulares os Vereadores Valdir Fraga, Adão Eliseu, Teresinha
Irigaray, Nereu D’Ávila e Mano José e como Não Titulares os Vereadores Nei
Lima, Wilton Araújo e Rafael Santos.
(Votaram os Srs. Vereadores: Adão Eliseu, Aranha Filho, Artur Zanella,
Bernadete Vidal, Caio Lustosa, Cleom Guatimozim, Clóvis Brum, Elói Guimarães,
Ennio Terra, Frederico Barbosa, Gládis Mantelli, Jaques Machado, Jorge
Goularte, Jussara Cony, Lauro Hagemann, Mano José, Nei Lima, Nereu D’Ávila,
Nilton Comin, Rafael Santos, Raul Casa, Teresinha Irigaray, Valdir Fraga,
Wilton Araújo, Flávio Coulon, Marcinho Medeiros e Eroni Carus.)
O SR. PRESIDENTE: Submetemos ao Plenário, a
seguir, o seguinte Requerimento: de autoria do Ver. Cleom Guatimozim,
solicitando seja o PLE n.º 59/88 dispensado de distribuição em avulsos e
interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data.
Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Ainda de autoria do Ver. Cleom Guatimozim, Requerimento solicitando
seja o PLL n.º 115/88 dispensado de distribuição em Avulsos e Interstício para
sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data.
Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
De autoria do Ver. Clóvis Brum, Requerimento solicitando seja o PLCE
n.º 07/88 dispensado de distribuição em Avulsos e Interstício para sua Redação
Final, considerando-a aprovada nesta data.
Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Nada mais havendo à tratar, declaro encerrados os trabalhos.
(Levanta-se a Sessão às 22h26min.)
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